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CORREÇÃO-Principais autoridades de finanças dos Brics não participam de reunião do grupo em Moscou

Placeholder - loading - Presidente da Rússia, Vladimir Putin, fala em fórum parlamentar do Brics em São Petersburgo, Rússia 11/07/2024  RU/Distribuição via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, fala em fórum parlamentar do Brics em São Petersburgo, Rússia 11/07/2024 RU/Distribuição via REUTERS

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(Corrige matéria publicada no dia 11 de outubro para esclarecer que Arábia Saudita não é membro do Brics. O país foi convidado, mas não é atualmente membro)

Por Gleb Bryanski

MOSCOU (Reuters) - A maioria dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos países dos Brics não compareceu a uma reunião de alto nível em Moscou nesta sexta-feira, antes de uma cúpula do grupo no final deste mês, enviando, em vez disso, funcionários de menor escalão, segundo documentos oficiais.

Os ministros das Finanças do Egito e dos Emirados Árabes Unidos e o presidente do banco central do Irã estavam presentes quando o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, defendeu a criação de uma alternativa ao sistema financeiro global dominado pelo Ocidente.

Porém, os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais de Brasil, China, Índia e África do Sul não compareceram, enviando representantes de menor escalão, um dia depois que o assessor do Kremlin Yuri Ushakov acusou o Ocidente de pressionar os países a não participarem da cúpula.

No caso brasileiro, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Paulo Picchetti, participou da reunião por videoconferência, de acordo com o site da autarquia.

O Ministério da Fazenda, por sua parte, enviou o subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica, Antonio Cotta Freitas, que participou do evento de forma presencial, segundo a assessoria da pasta.

O grupo Brics, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China, expandiu-se para incluir África do Sul, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A reunião de Moscou tem como modelo o cronograma do G20, em que as cúpulas são precedidas por reuniões das principais autoridades de finanças que esboçam propostas a serem analisadas pelos chefes de Estado na cúpula.

A Rússia, fortemente sancionada pelo Ocidente por conta de sua guerra na Ucrânia e isolada dos mercados de capitais internacionais, está tentando atrair os parceiros dos Brics com iniciativas como a criação do sistema de pagamento internacional Brics Bridge.

'A criação de uma iniciativa de pagamento transfronteiriço é nossa principal tarefa', disse Siluanov às autoridades. A Russia também está atuando pela criação de uma câmara de compensação dos Brics, uma agência de rating, uma resseguradora e uma bolsa de commodities.

Siluanov também propôs a criação de uma plataforma de investimento conjunta com base no Novo Banco de Desenvolvimento, a única instituição financeira em funcionamento do grupo. A plataforma usará uma nova forma digital de transações, disse ele, sem entrar em detalhes.

A cúpula de chefes de Estado dos Brics ocorrerá de 22 a 24 de outubro em Kazan, capital da região russa do Tartaristão.

O assessor de política externa do presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, disse que nove dos dez países enviarão seus líderes, com a Arábia Saudita mandando seu ministro das Relações Exteriores, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud. A delegação saudita não esteve presente na reunião desta sexta-feira.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075)) REUTERS FC IV

Escrito por Reuters

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