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PPSA posterga pico de produção de petróleo da União para 2030 após atrasos

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Por Marta Nogueira e Fabio Teixeira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A estatal PPSA postergou a estimativa de pico da produção de petróleo da União no pré-sal para 2030, versus 2029, diante de atrasos no início da operação de plataformas e aumento de custos, afirmou a presidente interina, Tabita Loureiro, em apresentação durante evento da empresa nesta quinta-feira.

Em sua nova projeção, a PPSA prevê que a produção diária de petróleo da União deverá alcançará o pico de 543 mil bpd em 2030, ante 138 mil bpd estimados para 2025.

Antes, a PPSA previa que um pico de 564 mil bpd fosse atingido em 2029, antes da produção da União no pré-sal começar a declinar.

Dentre os aumentos de custos, Loureiro citou reajustes contratuais na construção e montagem de plataformas do tipo FPSO, elevação das taxas diárias das sondas e aumento geral de custos de investimento nos contratos de subsea.

'A curva da União sofre muitas influencias, (principalmente) custos e preço do petróleo', disse Loureiro, durante apresentação.

ARRECADAÇÃO

Já do lado da arrecadação, a PPSA prevê obter mais de 500 bilhões de reais com a comercialização das parcelas de petróleo e gás da União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi no próximo decênio.

Considerando ainda os valores a serem pagos com royalties e tributos, a arrecadação total para os cofres públicos com estes contratos pode superar 1 trilhão de reais.

Além dos valores arrecadados para a União, a PPSA calcula investimentos de 53 bilhões de dólares entre 2025 e 2029, pelos concessionários dos contratos de partilha.

PRODUÇÃO EM CONTRATOS DE PARTILHA

A produção total de petróleo nos contratos de partilha de produção no Brasil, por sua vez, alcançará o pico de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) em 2030, considerando apenas as áreas com declaração de comercialidade, versus 1,27 milhão de bpd em 2025, segundo dados da PPSA.

Após 2030, segundo as projeções, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente.

Considerando o cenário mais provável mapeado pela PPSA, estima-se que de 2025 até 2034 os contratos de partilha terão uma produção acumulada de 6,6 bilhões de barris de petróleo. Desse total, a parcela acumulada da União será de 1,4 bilhão de barris.

Já no gás natural, no mesmo período, os contratos terão uma produção acumulada de 48,5 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás natural, segundo a PPSA, sendo que a parcela acumulada da União será de 7,7 bilhões de m³.

(Por Marta Nogueira e Fabio Teixeira)

Escrito por Reuters

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