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Promotor defende avaliação sobre “memória fraca” de Biden em relatório sobre documentos confidenciais

Placeholder - loading - Procurador federal Robert Hur depõe no Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA, em Washington 12/03/2024 REUTERS/Leah Millis
Procurador federal Robert Hur depõe no Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA, em Washington 12/03/2024 REUTERS/Leah Millis

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Por Makini Brice e Andrew Goudsward

WASHINGTON (Reuters) - O procurador federal dos Estados Unidos que gerou uma tempestade política no mês passado com um relatório dizendo que o presidente Joe Biden tinha “memória fraca” defendeu sua avaliação nesta terça-feira, afirmando que ela era necessária para o seu inquérito sobre a maneira como o presidente lidou com documentos confidenciais.

O ex-procurador especial dos EUA, Robert Hur, falou com o Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, que é liderado pelo partido Republicano e é um dos painéis conduzindo um inquérito de impeachment contra Biden, 81 anos.

“Minha avaliação no relatório sobre a relevância da memória do presidente foi necessária e precisa e justa”, disse Hur, em sua declaração inicial. “Eu não desinfetei minha explicação. Nem depreciei o presidente injustamente. Eu expliquei minha decisão ao Procurador-Geral e as razões para tê-la tomado. É o que pediram que eu fizesse'.

Hur, que já foi o principal promotor federal de Maryland, se negou a apresentar acusações criminais contra Biden após uma investigação de meses sobre documentos confidenciais encontrados na casa e no ex-escritório de Biden.

Hur, um republicano, disse que a memória e estado de espírito de Biden eram relevantes para concluir se Biden conscientemente reteve informações sensíveis.

O relatório concluiu que o “senhor Biden provavelmente se apresentará a um júri, como fez durante nossa entrevista com ele, como um homem idoso simpático e bem intencionado, com uma memória fraca”.

Uma transcrição da entrevista de Hur com Biden, revisada pela Reuters e conduzida em outubro, quando Biden lidava com a repercussão do ataque do Hamas contra Israel no dia 7 daquele mês, mostra que foi o presidente quem tocou no assunto da memória pela primeira vez.

“Sou um homem jovem, então não é um problema”, disse Biden, 81, brincando com Hur quando o promotor disse que faria perguntas sobre eventos que aconteceram anos antes, de acordo com a transcrição.

A transcrição mostrou que Biden deu respostas descontraídas a muitas das questões de Hur, mas teve dificuldade para lembrar de alguns detalhes, incluindo quando deixou a vice-presidência.

Hur apareceu diante do Congresso na semana seguinte a Biden entregar um inflamado discurso do Estado da União que sinalizou um começo agressivo à campanha de reeleição do presidente democrata, em um segundo confronto com o seu predecessor republicano, Donald Trump.

Trump, 77, responde a vários processos criminais, um deles também pela maneira como lidou com documentos confidenciais. O relatório de Hur citou diferenças entre os dois casos, incluindo supostos atos de obstrução de Trump, mas parlamentares republicanos acusaram os promotores de dois pesos e duas medidas.

Os democratas do comitê disseram que o relatório era uma “exoneração” de Biden, contrastando a cooperação do presidente com o inquérito de Hur e as supostas medidas tomadas por Trump para esconder registros dos investigadores.

Escrito por Reuters

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