PSL fecha questão a favor de PEC da Previdência e de projeto que muda regras para militares
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Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O PSL decidiu nesta quinta-feira fechar questão a favor da reforma da Previdência e também em relação ao projeto que além de mudar as regras de aposentadoria, reestrutura a carreira dos militares.
A decisão do partido do presidente Jair Bolsonaro ocorre em um momento em que quicavam reclamações de aliados sobre a postura pouco incisiva na defesa das propostas e também à expectativa do mercado, após dias de turbulência política e bate-boca público entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“No momento in totum a gente apoia a reforma, tal qual ela está posta”, disse o presidente do partido, Luciano Bivar, a jornalistas.
Segundo ele, foi resolvida dentro da bancada, que tem boa parte de seus integrantes ligados às polícias, a resistência criada pelo tratamento diferenciado dispensado pelo governo aos militares.
“Isso tudo foi superado na reunião”, disse o presidente do PSL.
O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), afirmou que foi “superada toda e qualquer dificuldade”. De acordo com o deputado, pontos específicos e ajustes poderão ser objeto de emendas durante a votação, sem que isso interfira não posição geral adotada pelo PSL de defesa da reforma.
“Estamos dando a demonstração que acho que o mercado esperava, que o presidente Rodrigo Maia esperava, de ser o primeiro partido a fechar questão em relação à reforma da Previdência. Nós estamos dando o exemplo, somos o partido do presidente, estamos dando o exemplo”, disse o líder.
Waldir aproveitou para fazer um afago no presidente da Câmara, após dias de trocas de farpas entre ele e Bolsonaro.
A crise chegou a um ponto em que o presidente da República chegou a dizer que Maia estaria abalado por questões pessoas, possível referência ao padrasto de sua esposa, Moreira Franco, preso e solto na semana passada. Em resposta, o presidente da Câmara afirmou que Bolsonaro estava brincando de ser presidente e que estava na hora de o governo funcionar.
“Bandeira branca, paz e amor, e nós vamos fazer a reforma da Previdência”, disse o líder do PSL, acrescentando que “sem dúvida nenhuma” a coordenação do andamento da proposta é “do nosso líder no Parlamento, que é o presidente Rodrigo Maia”.
Escrito por Thomson Reuters
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