Reino Unido identifica 2 russos como suspeitos de ataque químico contra ex-espião Skripal
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Por Michael Holden e Guy Faulconbridge
LONDRES (Reuters) - Procuradores britânicos identificaram nesta quarta-feira dois russos que disseram terem tentado assassinar o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia com um agente nervoso de uso militar na Inglaterra.
Skripal, um ex-coronel da inteligência militar russa que entregou dezenas de agentes ao serviço de espionagem estrangeira do Reino Unido, o MI6, e Yulia foram encontrados inconscientes em um banco público na cidade inglesa de Salisbury em 4 de março.
O Reino Unido acusou a Rússia pelos envenenamentos e identificou o veneno como Novichok, um agente nervoso letal desenvolvido pelos militares soviéticos nos anos 1970 e 1980. Moscou nega qualquer envolvimento no ataque.
Um mandado de prisão europeu foi emitido para os dois russos, identificados como Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, disseram os procuradores. A polícia divulgou duas imagens dos dois.
'Não solicitaremos à Rússia a extradição destes homens, já que a Constituição russa não permite a extradição de seus próprios cidadãos', disse Sue Hemming, diretora dos Serviços Legais da Procuradoria da Coroa britânica.
Nesta quarta-feira, o Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse que os nomes identificados pelos procuradores britânicos 'não significam nada para nós', segundo a agência de notícias RIA.
Neil Basu, chefe da polícia de contraterrorismo, disse que os dois suspeitos estão viajando com pseudônimos, mas que têm cerca de 40 anos e usam passaportes russos genuínos.
Basu disse que vestígios de contaminação de Novichok foram encontrados no quarto de hotel de Londres no qual os dois se hospedaram, e que eles chegaram ao Reino Unido no dia 2 de março e partiram em 4 de março.
'Exames foram realizados no quarto de hotel em que os suspeitos se hospedaram. Duas amostras mostraram contaminação de Novichok em níveis abaixo daqueles que causariam preocupações com a saúde pública', disse Basu.
Escrito por Thomson Reuters
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