Resposta da África à mpox tem menos de 10% do financiamento necessário, diz Centro de Prevenção africano
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DACAR (Reuters) - A África garantiu menos de 10% da estimativa de 245 milhões de dólares necessários para combater um surto crescente de mpox no continente, disse uma autoridade de alto escalão do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (África CDC) nesta quarta-feira.
O continente está sob pressão para conter um surto da infecção potencialmente mortal que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou ser uma emergência de saúde global em meados de agosto, após uma nova cepa começar a se proliferar da República Democrática do Congo a países vizinhos.
O CDC da África elaborou um orçamento para determinar a quantidade de dinheiro disponível para a resposta à mpox e os recursos que precisa mobilizar.
'Chegamos à primeira estimativa de 245 milhões de dólares', disse o chefe de gabinete do CDC da África, Ngashi Ngongo, em uma reunião da OMS na capital da República do Congo, Brazzaville.
O governo da República Democrática do Congo se comprometeu a destinar 10 milhões de dólares para apoiar a luta contra o surto, e a União Africana aprovou 10,4 milhões de dólares, disse Ngongo.
Portanto, cerca de 20 milhões de dólares estão atualmente disponíveis para a resposta, disse, acrescentando que esses números serão atualizados.
'A lacuna neste momento é de cerca de 224 milhões de dólares, que estamos procurando', disse.
Jean Kaseya, diretor geral do CDC da África, disse durante a reunião que a organização estava caminhando para garantir quase 1 milhão de doses de vacina contra a mpox.
Isso inclui 215.000 doses da fabricante de vacinas Bavarian Nordic, 100.000 doses da França, quase 100.000 doses da Alemanha e cerca de 500.000 doses da Espanha.
Ainda não há previsão de quando as vacinas poderão chegar à República Democrática do Congo, país mais afetado pelo vírus.
A mpox, uma infecção viral que causa lesões cheias de pus e sintomas semelhantes aos da gripe, geralmente é leve, mas pode matar.
(Reportagem de Anait Miridzhanian)
Escrito por Reuters
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