Secretário-geral da ONU adverte que Líbano não pode se tornar outra Gaza
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Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta sexta-feira que está profundamente preocupado com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah do Líbano e que as forças de paz da ONU estão trabalhando para acalmar a situação e evitar erros de cálculo.
'Um movimento precipitado -- um erro de cálculo -- pode desencadear uma catástrofe que vai muito além da fronteira e, francamente, além da imaginação', disse ele aos repórteres. 'Vamos ser claros: as pessoas da região e as pessoas do mundo não podem permitir que o Líbano se torne outra Gaza.'
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem disparado foguetes contra Israel em solidariedade ao seu aliado palestino Hamas desde o início da guerra de Gaza em outubro, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas em Israel, onde a pressão política está aumentando para uma ação mais dura.
Dezenas de milhares de libaneses também fugiram de suas casas após os ataques israelenses no sul do Líbano.
A missão do Irã na ONU disse nesta sexta-feira que o Hezbollah tem a capacidade de defender a si mesmo e ao Líbano contra Israel, alertando que 'talvez tenha chegado o momento da autoaniquilação desse regime ilegítimo'.
'Qualquer decisão imprudente do regime israelense de ocupação para se salvar pode mergulhar a região em uma nova guerra', postou no X a missão do Irã na ONU.
Uma força de manutenção da paz da ONU, a Unifil, bem como observadores técnicos desarmados conhecidos como UNTSO, há muito tempo estão estacionados no sul do Líbano para monitorar as hostilidades ao longo da linha de demarcação entre o Líbano e Israel, conhecida como Linha Azul.
'As forças de paz da ONU estão em campo trabalhando para diminuir as tensões e ajudar a evitar erros de cálculo', disse Guterres.
'O mundo deve dizer em alto e bom som: a redução imediata da escalada não é apenas possível -- é essencial', disse ele. 'Não há solução militar.'
(Reportagem de Michelle Nichols)
Escrito por Reuters
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