Seleção do júri continua em julgamento de policial acusado de assassinar George Floyd
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Por Jonathan Allen
(Reuters) - O julgamento de Derek Chauvin, ex-policial da cidade norte-americana de Mineápolis acusado de assassinato por seu papel na morte de George Floyd, deve continuar nesta segunda-feira com a segunda semana de seleção do júri.
Sete jurados já foram selecionados para um julgamento que está sendo acompanhado com atenção por ser visto como um indício de como as agências de aplicação da lei usam a força e a violência contra negros em um país no qual quase nenhum policial foi responsabilizado pela morte de um civil.
Muitos outros jurados em potencial questionados pelo juiz, pelos procuradores e pelo principal advogado de Chauvin foram dispensados depois que se decidiu que eles não conseguiriam ser imparciais no caso de grande repercussão.
Entre os jurados aceitos estão quatro homens, incluindo um hispânico, uma mulher branca, uma mulher mestiça e um negro que imigrou para os Estados Unidos 14 anos atrás. Todos, menos um, têm idades em torno dos 20 e 30 anos, disse o tribunal.
Chauvin, que é branco, foi filmado por um transeunte com o joelho sobre o pescoço de Floyd durante quase nove minutos, enquanto Floyd, um homem negro de 46 anos, apelava por sua vida e pela mãe, que havia morrido recentemente, e dizia não conseguir respirar.
O vídeo causou choque no país e no exterior, desencadeando um dos maiores movimentos de protesto já vistos nos EUA, que incluiu marchas diárias contra o racismo e a brutalidade policial.
Chauvin, de 44 anos, está sendo acusado de homicídio de segundo grau, homicídio de terceiro grau e homicídio culposo. Ele se declara inocente, dizendo que seguiu seu treinamento policial.
Todos os jurados em potencial que já estiveram na corte distrital do condado de Hennepin dizem que formaram uma opinião negativa de Chauvin, mas alguns disseram que podem estar abertos à possibilidade de que suas ações não tenham sido criminosas.
Escrito por Reuters