Stellantis e Zeta Energy fecham parceria para desenvolver baterias para veículos elétricos
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MILÃO (Reuters) - A Stellantis assinou um acordo com a Zeta Energy, sediada nos Estados Unidos, para desenvolver baterias de lítio-enxofre baratas para veículos elétricos, com o objetivo de usá-las até 2030, informaram as duas empresas nesta quinta-feira.
Com os custos das baterias afetando significativamente os preços dos veículos elétricos, as montadoras estão buscando desenvolver tecnologias alternativas para tornar os veículos mais acessíveis.
Ao contrário das baterias tradicionais de lítio-íon, as baterias de lítio-enxofre não utilizam materiais caros, como níquel ou cobalto, o que resulta em custos de produção mais baixos, embora tenham uma duração mais curta.
'As baterias de lítio-enxofre devem custar menos da metade do preço por kWh (quilowatt-hora) das atuais baterias de lítio-íon', disseram a fabricante de baterias Zeta e a Stellantis, quarta maior montadora do mundo, em um comunicado conjunto.
O acordo tem como objetivo desenvolver baterias mais leves, mas com um potencial de energia comparável ao da tecnologia de lítio-íon atual, disseram as empresas.
'Isso significa, potencialmente, um pacote de baterias significativamente mais leve, com a mesma energia utilizável das baterias de lítio-íon contemporâneas, permitindo maior autonomia, melhor dirigibilidade e desempenho aprimorado.'
Essa tecnologia pode aumentar a velocidade de carregamento rápido das baterias em até 50%, segundo as empresas. O acordo inclui o desenvolvimento pré-produção e planos para a produção futura até 2030.
As baterias devem ser fabricadas dentro da tecnologia existente de gigafábricas, utilizando uma cadeia de suprimentos curta e totalmente doméstica na Europa ou América do Norte, disseram as duas empresas.
A Stellantis também é apoiadora da startup do Vale do Silício Lyten, que anunciou em outubro plano de investir mais de 1 bilhão de dólares para construir a primeira gigafábrica do mundo de baterias de lítio-enxofre em Nevada.
(Reportagem de Giulio Piovaccari)
Escrito por Reuters
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