Taiwan relata proximidade de caças e bombardeiros chineses com início de campanha eleitoral
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TAIPÉ (Reuters) - Taiwan relatou novamente nesta quarta-feira que a China está realizando atividades militares ao redor da ilha, com 11 aeronaves cruzando a sensível linha mediana do Estreito de Taiwan, enquanto a campanha para as eleições do próximo ano na ilha se intensifica.
Taiwan, que é governada democraticamente e que a China reivindica como seu próprio território, tem se queixado nos últimos quatro anos de patrulhas e exercícios militares chineses regulares perto da ilha, já que Pequim procura pressionar Taipé sobre suas reivindicações de soberania.
A ilha realizará eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro e os candidatos devem se registrar na comissão eleitoral nesta semana para poderem participar.
O governista Partido Democrático Progressista (DPP), que Pequim vê como separatista, registrou sua candidatura presidencial na terça-feira, enquanto a oposição está em desacordo sobre uma possível candidatura conjunta.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que, desde o início da tarde desta quarta-feira, detectou caças J-10 e J-16, bem como bombardeiros H-6 e aeronaves de alerta antecipado realizando missões.
Onze dessas aeronaves cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, voando no espaço aéreo ao centro e sudoeste da ilha, trabalhando com navios de guerra chineses para realizar 'patrulhas conjuntas de prontidão de combate', acrescentou o ministério.
A linha mediana do estreito tinha servido anteriormente como uma barreira não oficial entre os dois lados e que os aviões chineses agora sobrevoam regularmente.
Taiwan enviou suas próprias forças para monitorar a situação, disse o ministério.
O Ministério da Defesa da China não respondeu às ligações pedindo comentários. A China afirma que suas atividades perto de Taiwan têm como objetivo evitar o 'conluio' entre os separatistas de Taiwan e os Estados Unidos e proteger a integridade territorial da China.
O governo de Taiwan, que tem se oferecido repetidamente para conversar com a China, rejeita as reivindicações de soberania de Pequim e diz que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.
(Por Ben Blanchard)
Escrito por Reuters
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