Tebet diz que PIB crescerá no mínimo 2,8% neste ano e vê meta de déficit de zero próxima
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(Reuters) - A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira que não há como o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescer menos de 2,8% neste ano e afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está muito próximo de cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024.
Em entrevista à rádio CBN, a ministra disse que o crescimento da economia brasileira pode ser de até 3% ao ano, desde que todas os setores da economia colaborem com a expansão do PIB.
'Nós acreditamos que o Brasil não tem como crescer menos de 2,8%. A nossa projeção (do Ministério do Planejamento) bateu 2,9%, a do Ministério da Fazenda -- por incrível que pareça, normalmente é o contrário -- está mais conservadora, falando em 2,7%, 2,8%', disse a ministra.
Tebet disse que o aumento da arrecadação, que deve ser consequência do crescimento maior da economia, deverá contribuir para zerar o déficit fiscal neste ano e mantê-lo zerado no ano que vem.
'Tenho tranquilidade de dizer que, com esse crescimento do PIB, com o aumento das receitas sem aumentar a carga tributária em função desse crescimento, aliado aos ajustes que estamos fazendo com o Congresso Nacional, nós estamos muito próximos de alcançar a meta zero ainda no anos de 2024', disse.
'Nós também já podemos dizer que, com essas medidas apresentadas ao Congresso e a PLOA que entregamos, nós também teremos condições de alcançar a meta zero no ano de 2025.'
A ministra disse ainda que não vê necessidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa básica de juros Selic, mas ressaltou que esta é uma decisão a ser tomada pela autoridade monetária.
'Eu ouso dizer que nós podemos crescer na casa de 2,8% até 3% sem bater na inflação... desde que o crescimento seja pela diversidade. Ou seja, não é só o agronegócio, tem que comparecer a indústria, o capital fixo, o crescimento do setor empresarial', afirmou.
'Se isso acontecer de forma constante, como aconteceu de certa forma neste trimestre, eu não acredito na necessidade de subir os juros -- mas isso é uma decisão do Banco Central -- e muito menos em uma inflação acima da meta no Brasil.'
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por Reuters
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