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Trump disse que nomeação de Mueller seria 'o fim' de sua Presidência, segundo relatório

Trump disse que nomeação de Mueller seria 'o fim' de sua Presidência, segundo relatório

Thomson Reuters

18/04/2019

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Por Ginger Gibson e Doina Chiacu

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acreditou que a nomeação de um procurador especial para assumir o inquérito federal sobre a interferência russa na eleição de 2016 seria o fim de sua Presidência, de acordo com o relatório do procurador especial Robert Mueller.

Quando o então secretário de Justiça, Jeff Sessions, informou Trump da nomeação de Mueller em maio de 2017, afirma o relatório, o presidente se recostou na cadeira e disse: 'Ai, meu Deus. Isso é terrível. Isso é o fim da minha Presidência. Estou fodido.'

Em seguida Trump perguntou a Sessions, a quem vinha repreendendo há meses por se abster do inquérito russo: 'Como você deixou isso acontecer, Jeff?'

Detalhes da investigação de Mueller foram divulgados nesta quinta-feira e mostraram que Trump tentou impedir o inquérito, levantando a questão se ele cometeu o crime de obstrução de Justiça.

Sessions, que renunciou em novembro, lembrou que Trump lhe disse 'você deveria me proteger', ou palavras com este sentido, afirma o relatório.

O presidente republicano repudiou a investigação desde que tomou posse, em janeiro de 2017, menosprezando Sessions e qualificando o inquérito como uma caça às bruxas e uma farsa.

'Todos me dizem que, se você tiver um destes procuradores independentes, isso acaba com sua Presidência', disse Trump, segundo o relatório. 'Isso leva anos e anos e eu não serei capaz de fazer tudo. Esta é a pior coisa que poderia ter acontecido comigo.'

Um mês após a nomeação, em junho de 2017, Trump tentou se livrar de Mueller, de acordo com o relatório. Ele ligou duas vezes para Don McGahn, conselheiro da Casa Branca, em casa e lhe pediu para ligar para o secretário da Justiça interino Rod Rosenstein e dizer que Mueller deveria ser removido por causa de conflitos de interesse, segundo o relatório.

'Você precisa fazer isso. Você precisa ligar para Rod', McGahn se lembra de Trump dizendo.

'McGahn, entretanto, não cumpriu a instrução, decidindo que renunciaria ao invés de desencadear o que via como um potencial Massacre de Sábado à Noite em potencial', explicou o relatório Mueller, referindo-se à demissão de autoridades de alto escalão por parte do presidente Richard Nixon durante o escândalo Watergate.

Dois dias mais tarde, segundo o relatório, 'o presidente fez outra tentativa de afetar o curso da investigação da Rússia'. Ele pediu a seu ex-gerente de campanha Corey Lewandowski para entregar uma mensagem a Sessions na qual disse que este deveria anunciar publicamente que a investigação era 'muito injusta' com Trump, que o presidente não havia feito nada errado e que Mueller podia 'seguir adiante investigando a interferência eleitoral em eleições futuras'.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF AC

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