Trump pressionou autoridades de Michigan a rejeitar vitória de Biden em 2020, diz reportagem
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Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Donald Trump pediu a duas autoridades eleitorais do Estado norte-americano de Michigan que não certificassem a vitória do democrata Joe Biden após a eleição presidencial de 2020, chamando-os pessoalmente em uma campanha de pressão que lembra suas táticas na Geórgia, informou o veículo Detroit News.
Em um telefonema de 17 de novembro de 2020, o então presidente disse a dois colegas republicanos do Conselho de Apuradores do condado de Wayne para não assinarem a certificação da eleição estadual, dizendo que eles deveriam 'lutar por nosso país', de acordo com as gravações da ligação analisadas pelo meio de comunicação de Michigan.
O condado de Wayne é o condado mais populoso do Estado do meio-oeste e inclui Detroit, uma cidade democrata com uma população de significativa maioria negra. Nas gravações, Trump diz que os republicanos foram “enganados nesta eleição” e que “todo mundo sabe que Detroit é tortuosa como o inferno”, segundo a notícia publicada na quinta-feira.
A reportagem vem num momento em que Trump, o favorito à indicação republicana para 2024, enfrenta acusações criminais federais e estaduais por alegações de que conspirou para reverter as eleições presidenciais de 2020, em um esforço que culminou em um ataque violento ao Congresso.
Trump nega qualquer irregularidade e classificou as acusações como uma caça às bruxas política com o objetivo de frustrar sua campanha, ao mesmo tempo em que continua a espalhar falsas alegações de fraude eleitoral generalizada em 2020.
O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, questionado sobre a reportagem de Michigan, disse: 'As ações de Trump foram tomadas para cumprir seu dever como presidente dos Estados Unidos de cuidar fielmente das leis e garantir a integridade eleitoral, incluindo a investigação da eleição presidencial fraudada e roubada de 2020”.
Na Geórgia, Trump enfrenta acusações pelos seus esforços para anular a derrota para Biden, incluindo um telefonema pessoal ao secretário de Estado republicano da Geórgia para “encontrar” votos suficientes para reverter sua derrota naquele Estado, o que o responsável se recusou a fazer.
(Reportagem de Susan Heavey)
Escrito por Reuters
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