União Química espera autorização para testes da Sputnik V no Brasil até próxima semana
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Por Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) - A farmacêutica brasileira União Química, que produzirá a vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, espera obter aprovação regulatória para a condução de testes de fase III ainda nesta semana, ou no máximo no início da próxima, disse o presidente-executivo Fernando Marques nesta terça-feira.
Marques afirmou que os bons resultados verificados em testes de estágio avançado da Sputnik V na Rússia, publicados nesta terça pela revista científica Lancet, vão ajudar a acelerar a aprovação à empresa no Brasil.
'Assim que o regulador de saúde do Brasil aprovar os testes, começaremos e eles levarão de 60 a 90 dias', disse Marques à Reuters.
A empresa começou a fazer lotes-piloto dos ingredientes ativos para a vacina em sua instalação de biotecnologia de ponta equipada com biorreatores em Brasília em um acordo de transferência de tecnologia com o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que comercializa a Sputnik V.
A expectativa de Marques é que a produção comece em abril e chegue a 8 milhões de doses por mês até maio, para venda no Brasil e em países vizinhos que já solicitaram informações sobre a disponibilidade da vacina.
Entre eles estão Uruguai, Paraguai, Bolívia e Equador, além da Argentina, que começou a vacinar sua população em dezembro com a vacina russa.
Marques disse que sua prioridade é vender ao governo brasileiro para o programa nacional de imunização antes de considerar vendas para o setor privado.
“Primeiro a população brasileira, para que o país possa voltar a funcionar normalmente sem esse vírus atrapalhar a economia”, disse Marques, que é o principal proprietário da empresa familiar.
Quando a produção aumentar, Marques espera que sua empresa consiga produzir a vacina por menos 10 dólares para duas doses, que são necessárias para inocular cada pessoa.
Escrito por Reuters
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