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Vibra investe para ganhar mercados em combustíveis no agro, anuncia novo diesel

Placeholder - loading - Colheita de soja  7/10/2021 REUTERS/Dane Rhys
Colheita de soja 7/10/2021 REUTERS/Dane Rhys

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SÃO PAULO (Reuters) - A Vibra, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, afirmou nesta quarta-feira que está investindo para ser também a 'principal fornecedora' de 'soluções energéticas' para o agronegócio do Brasil, e anunciou o início da comercialização de um diesel que promete garantir maior eficiência para os caminhões e máquinas agrícolas.

Somente em infraestrutura, já foram investidos 500 milhões de reais, principalmente para a construção de bases no Centro-Oeste e Arco Norte do país, segundo a companhia, que não deu detalhes sobre investimentos futuros para elevar a sua participação de mercado, durante um evento com jornalistas.

O agronegócio responde por um volume de vendas da Vibra de 3 bilhões de litros de diesel ao ano no segmento B2B (direto aos clientes, excluindo postos), considerando o transporte de produtos do setor e também atividades dentro da fazenda.

Isso representa cerca de 25% das vendas totais do combustível da companhia, disseram executivos da distribuidora nesta quarta-feira, que veem espaço para crescer nos volumes e na participação, considerando que o agronegócio é um dos principais motores da economia e o país segue em expansão com sua safra.

No caso do lubrificantes, as vendas para o setor (B2B) somam cerca 120 milhões de litros ao ano de lubrificantes, pouco menos da metade do total comercializado pela distribuidora, acrescentaram os diretores.

'Queremos adquirir mais clientes... e, ampliando, queremos ampliar a oferta para aquele cliente, queremos ter mais produtos para aquele cliente', afirmou o vice-presidente executivo de Comercial B2B e Aviação, Juliano Prado, citando que a Vibra busca também ofertar outros produtos aos agricultores, como energia elétrica.

Do total da receita da companhia de que tem variado nos últimos anos de 165 bilhões a 180 bilhões de reais, o B2B para todos os segmentos responde por aproximadamente 65 bilhões ao ano. Já as vendas totais para o agronegócio representam mais de 30 bilhões de reais, disse ele.

Em nota, a empresa reafirmou que projeta elevar sua participação de mercado de diesel para transporte de mercadorias do setor a 25,6% do total, até 2030.

No mercado de diesel consumido por colheitadeiras e tratores em fazendas (de grãos), a companhia projeta elevar sua participação de mercado para 10% até 2030. Em lubrificantes para o setor do agro, a meta é ter fatia de 12,3% no mesmo prazo. A companhia não divulgou quais são suas atuais parcelas de mercado nesses segmentos.

'Não tem como a Vibra ficar fora (do agronegócio), a Vibra avança cada dia mais como a distribuidora do agro', disse ele, lembrando que a companhia conta com uma equipe especializada no segmento para atuar neste ano já em seis novas áreas de vendas, que serão ampliadas para 13 no início de 2025.

Para alavancar mais negócio, a empresa já fechou parcerias com duas montadoras de veículos, disse a vice-presidente de Negócios e Marketing da Vibra, Vanessa Gordilho. Essa estratégia também inclui clientes estratégicos, como tradings e cooperativas.

NOVO DIESEL

Durante o evento, a Vibra anunciou o lançamento do diesel Vibra Agritop, que estará disponível apenas para clientes do mercado B2B, excluindo postos.

O Agritop, que conta com uma combinação exclusiva de aditivos, permite combustão mais eficiente, proporcionando até 5% de economia de combustível, além de mais potência, disse a distribuidora.

O combustível também oferece mais estabilidade em relação ao diesel comum, prevenindo a formação de borras e consequentemente falhas no sistema de combustão e aumentando a vida útil dos filtros.

A companhia não deu detalhes sobre o preço do Agritop, mas ressaltou que ele traz custo-benefício favorável ao produtor. Além disso, o Agritop proporciona menos emissões de gases poluentes.

'O mais importante do que o preço é o valor gerado, quando fala que vai ter mais economia, menos manutenção da máquina...', disse a executiva.

(Por Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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