Vice-presidente de Taiwan passará por Nova York e São Francisco em viagem ao Paraguai
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Por Sarah Wu e Yimou Lee
TAIPÉ (Reuters) - O vice-presidente de Taiwan, William Lai, visitará as cidades de Nova York e São Francisco, nos Estados Unidos, durante sua viagem ao Paraguai para a posse do presidente Santiago Peña, informou o gabinete presidencial de Taiwan nesta quarta-feira.
No mês passado, o governo de Taiwan anunciou os trânsitos de Lai sem especificar detalhes, atraindo a ira de Pequim, que criticou Lai como um separatista. O principal diplomata dos EUA em Taipé pediu à China que não tome medidas 'provocativas' em resposta às breves visitas, descrevendo os trânsitos como rotina.
Lai, o principal candidato à eleição presidencial da ilha em janeiro, fará uma parada em Nova York em 12 de agosto a caminho do Paraguai e em São Francisco em 16 de agosto em seu trajeto de volta a Taiwan, disse o gabinete.
'Isso não deveria criar desconforto para outras partes ou se tornar uma desculpa para aprofundar o conflito', afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Alexander Yui, em coletiva de imprensa no Gabinete Presidencial.
Yui disse que o arranjo para o trânsito nos Estados Unidos foi baseado nos princípios de conforto, segurança, conveniência e dignidade.
A China, que vê Taiwan como seu próprio território, tem intensificado a pressão militar e política nos últimos três anos para pressionar a ilha a aceitar as reivindicações de soberania de Pequim, que o governo de Taipé rejeita veementemente.
A China organizou exercícios de guerra em grande escala em torno de Taiwan em agosto passado, irritada com uma visita a Taiwan da então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, e em abril, respondendo à reunião da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com o atual presidente da Câmara, Kevin McCarthy, em Los Angeles, durante a viagem de volta de uma visita à América Central.
Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não têm relações formais com Taiwan, mas são o mais importante aliado internacional e fornecedor de armas da ilha.
Escrito por Reuters
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