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Vitória em eleição regional dá alívio a chanceler da Alemanha em meio à pressão interna

Placeholder - loading - Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, na sede da ONU em Nova York 22/09/2024 REUTERS/David Dee Delgado
Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, na sede da ONU em Nova York 22/09/2024 REUTERS/David Dee Delgado

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Por Sarah Marsh e Riham Alkousaa

BERLIM (Reuters) - O partido Social-Democrata (SPD), do chanceler alemão, Olaf Scholz, conseguiu superar a extrema-direita em uma eleição regional no domingo, o que provavelmente lhe forneceu um breve alívio das crescentes críticas internas à sua liderança.

O SPD, de centro-esquerda, conseguiu uma reviravolta de última hora no Estado de Brandemburgo, no leste do país, onde governa desde a reunificação da Alemanha em 1990 e onde Scholz tem seu próprio distrito eleitoral, para vencer a eleição com 30,9% dos votos.

O partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, que liderou as pesquisas de opinião nos últimos dois anos no Estado, obteve 29,2%, de acordo com os resultados oficiais provisórios do Comissário Eleitoral do Estado.

Ainda assim, a AfD subiu 5,7 pontos percentuais desde a última eleição em Brandemburgo, há cinco anos, depois de ter se tornado, neste mês, o primeiro partido de extrema-direita a vencer uma eleição estadual na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

A AfD continua ganhando força à medida que capitaliza as preocupações com a crise do custo de vida na maior economia da Europa, a imigração irregular e uma possível escalada da guerra na Ucrânia devido ao fornecimento de armas alemãs a Kiev.

Além disso, 75% dos que votaram no SPD dizem que não o fizeram por convicção, mas sim para afastar a AfD, de acordo com a pesquisa de boca-de-urna publicada pela emissora ARD, na eleição com um comparecimento recorde de 72,9%.

O primeiro-ministro de Brandemburgo, Dietmar Woidke, evitou fazer campanha com Scholz, o chanceler menos popular da Alemanha até hoje, e até criticou as políticas da coalizão federal e as constantes brigas.

Dessa forma, é improvável que os resultados da eleição regional ponham fim ao crescente debate dentro do SPD sobre se Scholz é a pessoa certa para liderar o partido na eleição federal do ano que vem, devido ao que os críticos chamam de sua liderança hesitante e pouca habilidade de comunicação.

Questionado no domingo se a liderança federal do SPD é a correta, Woidke disse que este não é o momento certo para responder a essa pergunta.

'Mas também devemos aprender as lições dessa eleição', disse ele, observando que o SPD precisa se aproximar das pessoas. 'Especialmente no que diz respeito ao nível federal, há muito o que fazer nos próximos meses e anos.'

O SPD está com apenas 15% em pesquisas de nível nacional, abaixo dos 25,7% na eleição federal de 2021, e atrás da AfD, que tem cerca de 20%, e dos conservadores, com 32%.

Na semana passada, o prefeito de Munique, a terceira maior cidade da Alemanha, foi o mais recente político do SPD a sugerir que o partido deveria considerar a possibilidade de apresentar o popular ministro da Defesa, Boris Pistorius, 64 anos, como seu candidato para a eleição de 2025.

Os membros do partido dizem que Scholz, de 66 anos, que já anunciou sua intenção de concorrer a um segundo mandato, dificilmente se afastará e que mais autoridades permanecem leais a ele.

Escrito por Reuters

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