Von der Leyen promete impulso à defesa e continuidade climática ao buscar 2º mandato na Comissão Europeia

Por Kate Abnett e Marta Fiorin

ESTRASBURGO (Reuters) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu nesta quinta-feira criar uma 'União Europeia de Defesa' e manter o curso da transição ecológica da Europa, ao mesmo tempo em que amorteceria o ônus sobre a indústria, conforme busca um segundo mandato.

Ao discursar no Parlamento Europeu em Estrasburgo, von der Leyen apresentou um programa focado na prosperidade e na segurança, enquanto tenta apoio dos parlamentares para mais um mandato de cinco anos no comando do poderoso órgão executivo da União Europeia.

'Os próximos cinco anos definirão o lugar da Europa no mundo nas próximas cinco décadas. Eles decidirão se moldaremos nosso próprio futuro ou se deixaremos que ele seja moldado por eventos ou por outros', afirmou ela antes de uma votação secreta sobre sua candidatura no final do dia.

Depois de se comprometer a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário em sua luta contra a invasão da Rússia, von der Leyen disse que a liberdade da Europa estava em jogo e que ela deveria investir mais em defesa.

Von der Leyen, ex-ministra da Defesa alemã, prometeu criar 'uma verdadeira União Europeia de Defesa', com projetos emblemáticos de defesa aérea e cibernética.

Ela também criticou a recente visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ao presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, recebendo amplos aplausos dos parlamentares.

A política de defesa na Europa tem sido tradicionalmente domínio dos governos nacionais e da Otan.

Mas, após o ataque da Rússia à Ucrânia e em meio à incerteza sobre o quanto a Europa poderá contar com os Estados Unidos para sua proteção, a Comissão Europeia está tentando promover mais projetos de defesa europeus conjuntos.

Ela também se comprometeu a manter as metas estabelecidas no Acordo Verde Europeu, um pacote climático que foi uma das principais políticas de seu primeiro mandato.

Ela prometeu uma série de políticas climáticas, incluindo uma meta legalmente vinculante da UE para reduzir as emissões em 90% até 2040.

Von der Leyen também prometeu novas medidas para ajudar as indústrias europeias a se manterem competitivas enquanto investem na redução das emissões.