Votação da ONU sobre Faixa de Gaza é adiada de novo em meio a temores sobre veto norte-americano
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Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Uma votação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, que é uma tentativa de aumentar a remessa de auxílio humanitário à Faixa de Gaza, foi adiada por mais um dia, enquanto diplomatas continuam tentando evitar um terceiro veto norte-americano em relação à guerra Israel-Hamas, que já dura dois meses, disseram diplomatas nesta terça-feira.
O conselho, que tem 15 membros, votaria uma resolução, elaborada pelos Emirados Árabes Unidos na segunda-feira. Contudo, a votação tem sido adiada repetidamente, e diplomatas dizem que os Emirados Árabes e os EUA têm tido dificuldade em concordar na linguagem que pede o fim das hostilidades e quanto a uma proposta para criar um monitoramento pela ONU da ajuda.
Quando perguntada se um acordo estava próximo, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse a repórteres nesta terça-feira: “Estamos tentando. Realmente estamos”.
O projeto de resolução exigiria que Israel e Hamas permitam e facilitem a entrega de auxílio na Faixa de Gaza por terra, mar e ar, e pediria à ONU que monitore a assistência humanitária que chega ao enclave palestino.
Os EUA e Israel se opõem a um cessar-fogo porque acreditam que ele só beneficiaria ao Hamas. Washington prefere que haja pausas nos conflitos para proteger os civis e permitir a soltura de reféns pelo grupo.
Os Estados Unidos tradicionalmente protege seu aliado Israel de qualquer ação do Conselho de Segurança. O país já vetou duas resoluções do conselho desde o ataque do dia 7 de outubro por parte do Hamas, quando o grupo matou 1.200 pessoas e levou 240 reféns.
Diplomatas disseram que os EUA também não estão contentes com a proposta dos Emirados Árabes que pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que estabeleça um mecanismo em Gaza “para monitorar exclusivamente todas as remessas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, fornecidas por rotas terrestres, marítimas e aéreas pelos Estados que não são partes do conflito”.
(Reportagem de Michelle Nichols)
Escrito por Reuters
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