Zantac não causou câncer em mulher, decide júri em primeiro julgamento sobre remédio
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Por Diana Novak Jones
CHICAGO (Reuters) - Um júri de Chicago rejeitou nesta quinta-feira a reivindicação de uma mulher do Estado norte-americano de Illinois de que o remédio Zantac, atualmente descontinuado, causou câncer de cólon nela, no primeiro julgamento de ações judiciais que fazem acusações similares. Os jurados do tribunal do Condado de Cook concordaram com os argumentos das farmacêuticas GSK e Boehringer Ingelheim de que a demandante, uma moradora local chamada Angela Valadez, de 89 anos, não provou que seu câncer de cólon foi causado pelo menos em parte pelo uso do remédio.
Ela sustentava que o câncer foi decorrência do uso de Zantac e versões genéricas do remédio entre 1995 e 2014. Os processos relativos ao medicamento sustentam que seu princípio ativo, a ranitidina, pode se tornar, em algumas circunstâncias, uma substância cancerígena chamada NDMA. Os advogados de Valadez pediram ao júri uma indenização de 640 milhões de dólares. O juiz rejeitou o pedido da demandante de buscar indenização durante o julgamento, de acordo com seus advogados. Mikal Watts, um dos seus defensores, afirmou respeitar o veredicto do júri, mas disse estar confiante de que as empresas serão responsabilizadas em futuros julgamentos do Zantac: “Isto é uma maratona, não uma prova de velocidade”, disse. As farmacêuticas afirmaram que o veredicto é consistente com evidências científicas de que o Zantac não provoca câncer, e afirmaram que vão se defender com ênfase nos próximos processos. (Reportagem de Diana Novak Jones, em Chicago, e Brendan Pierson, em Nova York)
Escrito por Reuters
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