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Dólar avança com dado trimestral de inflação dos EUA compensando PIB mais fraco do que o esperado

Placeholder - loading - Notas de dólar 25/01/2023. REUTERS/Fayaz Aziz
Notas de dólar 25/01/2023. REUTERS/Fayaz Aziz

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a subir frente ao real nos primeiros negócios desta quinta-feira, após dados abaixo do esperado de atividade dos Estados Unidos serem compensados por surpresa para cima na inflação trimestral, em meio a uma maior cautela sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve.

Às 9h53 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,29%, a 5,1639 reais na venda, abandonando estabilidade vista na abertura. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,09%, a 5,1525 reais na venda.

Dados desta quinta-feira mostraram que o crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado no primeiro trimestre, mas uma aceleração da inflação sugere que o Federal Reserve não cortará a taxa de juros tão cedo.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA expandiu a uma taxa anualizada de 1,6% no último trimestre, informou o Departamento do Comércio. Economistas consultados pela Reuters previam um crescimento de 2,4%, com estimativas variando de um ritmo de 1,0% a uma taxa de 3,1%.

Pressionando os mercados, os dados mostraram que o núcleo do índice de preços PCE acelerou a alta para 3,7% no trimestre, acima da expectativa de 3,4%.

Na sexta-feira, serão divulgados os dados mensais do índice de inflação PCE, que, por ser o preferido do Federal Reserve, pode ter maior impacto nos mercados do que a leitura do PIB.

Os mercados globais viveram uma onda de aversão a risco recentemente, uma vez que dados resilientes dos EUA e falas duras de autoridades do Fed levaram operadores a prever apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos em 2024. Entre o final de 2023 e o início deste ano, os mercados chegaram a apostar em até 1,50 ponto percentual de afrouxamento monetário no período.

'Essa reprecificação que começou (com adiamento de apostas em cortes de juros) de março para junho, agora já está sendo postergada de junho talvez para setembro, mas muita gente já falando até mesmo em dezembro e talvez sinalizações de que essa taxa não seja cortada em 2024', disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

'Então você percebe que são vários cenários e nenhum deles é muito positivo quando a gente pensa no nosso mercado de câmbio.'

No Brasil, a incerteza externa somou-se a riscos fiscais locais e tem afetado as perspectivas de política monetária, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertando que poderia haver uma desaceleração do ritmo de afrouxamento, o que levou a elevação nas projeções de mercado para o nível da Selic ao final deste ano.

'Essa redução (do diferencial de juros entre Brasil e EUA), em tese, poderia ajudar o real sim, mas esse movimento de enxugamento da liquidez internacional tira um pouco dessa compreensão mecânica. Aí você tem que olhar para a conjuntura, dentro dessa conjuntura (o diferencial de juros) não tem a mesma aderência, única e exclusivamente por conta dessa questão internacional.'

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1492 reais na venda, em alta de 0,40%.

Escrito por Reuters

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