Israel precisa cumprir leis de guerra ao receber armas dos EUA, diz Washington
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WASHINGTON (Reuters) - Israel não é exceção à política dos Estados Unidos de que qualquer país que receba suas armas precisa cumprir as leis da guerra, disse o Departamento de Estado norte-americano nesta segunda-feira, depois que Washington vendeu cerca de 14 mil munições de tanques a Israel, sem revisão do Congresso.
O governo Biden usou na sexta-feira a autoridade de emergência sob a Lei de Controle de Exportação de Armas para permitir a venda, que foi de 106,5 milhões de dólares, disse o Pentágono no sábado.
Os EUA esperam que todos os países que recebem assistência militar a utilizem “em total conformidade com o direito humanitário internacional e as leis da guerra, e Israel não é exceção”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em entrevista coletiva na segunda-feira.
Miller foi questionado se Washington avaliou se Israel cumpriu a política de transferência de armas convencionais (CAP) do governo Biden, de fevereiro de 2023. A resolução exige que o Departamento de Estado determine que é pouco provável que as armas sejam utilizadas para genocídio, crimes contra a humanidade, violações das convenções de Genebra ou violações graves do direito internacional.
Miller disse que o Departamento de Estado não fez tal determinação e reiterou a posição dos EUA de que Israel pode fazer mais no conflito de Gaza para minimizar os danos aos civis.
Quando questionado se os Estados Unidos estariam reunindo alguma informação sobre a prática de crimes de guerra, Miller disse: 'Estamos monitorando tudo o que acontece neste conflito. Estamos envolvidos em conversas com o governo israelense'.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que 18.205 pessoas morreram em Gaza em pouco mais de dois meses de guerra. O número de mortos e as condições desesperadas dos civis em Gaza suscitaram apelos internacionais por um cessar-fogo humanitário.
(Reportagem de Humeyra Pamuk, Costas Pitas e Daphne Psaledakis)
Escrito por Reuters
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