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Produção industrial no Brasil ganha força em março

Placeholder - loading - Fábrica da Embraer em São José dos Campos, São Paulo 30/05/2022. REUTERS/Carla Carniel
Fábrica da Embraer em São José dos Campos, São Paulo 30/05/2022. REUTERS/Carla Carniel

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A indústria brasileira ganhou força e fechou o primeiro trimestre com crescimento da produção em março pelo segundo mês seguido, embora a alta tenha sido concentrada em poucos segmentos e foi insuficiente para compensar as perdas no primeiro mês do ano.

A produção industrial teve em março alta de 0,9% na comparação com o mês anterior, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0% na base mensal.

Em fevereiro, a indústria brasileira avançou 0,1% depois de recuo de 1,1% em janeiro, em dados revisados para cima pelo IBGE de quedas de 0,3% e 1,5% respectivamente informadas antes.

Assim, o setor encerrou o primeiro trimestre com expansão de 0,3% da produção em relação aos três meses anteriores, marcando o quarto trimestre seguido no azul mas perdendo fôlego ante a alta de 1,3% nos três últimos meses de 2023.

Na comparação com março do ano passado, no entanto, a produção teve retração de 2,8%, contra projeção de queda de 2,6%.

Com esses resultados, a indústria está 0,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas 16,3% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011.

'O desempenho positivo da indústria nos dois últimos meses não elimina a queda observada em janeiro, mas é uma melhora de comportamento', afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.

'Essa melhora tem a ver com avanços no mercado de trabalho, rendimento, massa salarial e juros em patamares mais baixos. Isso está se traduzindo em um cenário mais positivo para indústria', completou.

A redução dos juros no Brasil tende a favorecer a indústria neste ano ao impactar crédito e investimentos, porém analistas avaliam que isso deve se dar de forma muito gradual e lenta, podendo não ser suficiente para sustentar um crescimento mais forte.

O Banco Central volta a se reunir na próxima semana para deliberar sobre a taxa básica Selic, atualmente em 10,75%, com expectativa de nova redução.

'Nossa perspectiva é de uma indústria relativamente positiva neste ano', disse, Ignora Cadilho, economista do Pica, citando como pontos favoráveis a recuperação do setor manufatureiro global, uma balança comercial robusta e políticas de estímulos à atividade econômica por parte do governo.

O IBGE destacou que, em março, apenas cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção. As principais influências positivas vieram de produtos alimentícios (1,0%), produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e indústrias extrativas (0,2%).

'Em março, o resultado (do setor de produtos alimentícios) pode ser explicado principalmente pela parte de complexo de carnes e do item açúcar”, explicou Macedo.

Por outro lado, entre as 20 atividades que registraram retração na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%) e equipamentos de informática, produtos electrónicos e ópticos (-13,3%) tiveram os maiores impactos em março. Ambas interromperam três meses consecutivos de crescimento na produção.

Entre as categorias econômicas, a fabricação de Bens Intermediários e Bens de Consumo avançou respectivamente 1,2% e 0,5%, enquanto de Bens de Capital caiu 2,8% em março, eliminando parte do crescimento de 14,7% acumulado em dois meses consecutivos de avanço na produção.

'A conjunção de fatores de oferta, como a inflação mais baixa, a conjuntura internacional menos adversa e a possível retomada da confiança dos empresários do setor em função da queda nos juros e das discussões de projetos importantes, com destaque para a reforma tributária, somada à retomada gradual da demanda ... são os principais elementos que fundamentam (uma perspectiva mais positiva para a indústria em 2024)', avaliou o economista da CM Capital, Mateus Pizza.

Escrito por Reuters

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