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TBT: Há 50 anos, a Sydney Opera House era inaugurada

O edifício mais famoso da Austrália foi fundado pela Rainha Elizabeth II

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TBT: Há 50 anos, a Sydney Opera House era inaugurada.Divulgação

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Foram necessárias quase duas décadas, dois arquitetos e suas equipes, mais de um milhão de azulejos e 102 milhões de dólares para criar um dos edifícios mais conhecidos do século XX. Em 20 de outubro de 1973, a Rainha Elizabeth II inaugurou oficialmente a Sydney Opera House, ou Casa de Ópera de Sydney, em sua tradução para o português. De acordo com estimativas da polícia, havia cerca de um milhão de pessoas lotando a orla do porto e as ruas da cidade naquele dia.

Inauguração da Sydney Opera House.Divulgação
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Desde o amanhecer, fitas vermelhas pendiam das duas 'conchas' dianteiras. Assim que a inauguração foi oficializada, todas as 16 caíram na cascata de água, 60 mil balões multicoloridos foram lançados ao ar junto com 1000 pombos brancos. Aquele momento foi o início de uma incrível história de apresentações na nova casa de apresentações na Austrália.

"A Sydney Opera House capturou a imaginação do mundo, embora eu entenda que a sua construção não foi totalmente isenta de problemas", observou a Rainha Elizabeth II, inaugurando oficialmente a obra-prima do arquiteto Jørn Utzon num dia caloroso de primavera. Mas, como a Rainha prosseguiu: "O espírito humano às vezes precisa criar asas ou velas e criar algo que não seja apenas utilitário ou comum."

As palavras da Rainha não poderiam ter sido mais adequadas à ocasião. Foi um dia que encerrou a saga da concepção, desenho e construção do edifício, num momento em que as polêmicas e a política derrubaram o que durante muitos anos pareceu uma busca pela perfeição arquitetônica tão idealista que chegava a ser inatingível.

Alguns temiam que a Ópera de Sydney nunca fosse concluída. Para outros, a sua perfeição ficou para sempre comprometida pela forma como foi concluído. A Opera House nasceu de uma necessidade urgente de uma nova expressão criativa. E sua elaboração foi um exercício ousado e visionário de construção nacional por uma nação jovem, em grande parte imigrante, que procurava definir-se.

Esboço da Sydney Opera House.Divulgação
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A urgência também foi sublinhada pelo fato de a primeira apresentação na Ópera de Sydney ter ocorrido muito antes de o edifício estar concluído. Em 1960, antes mesmo de a construção das velas ter começado, o cantor americano e ativista dos direitos civis Paul Robeson subiu no andaime e cantou "Ol' Man River" para os trabalhadores da construção.

Após a sua inauguração, os palcos da casa se abriram para todos os tipos de apresentações, muito além da ópera - como muitos podem assumir devido ao seu nome. Além de balé, música sinfônica e teatro, lá ocorreram diversas apresentações icônicas de jazz, como a de Sammy Davis Jr em 1977 e Ella Fitzgerald em 1978.

Para destacar sua variedade, no mesmo ano de 1977, o Sydney Opera House foi palco do fenômeno sueco ABBA. Seus quatro membros vieram à Austrália em sua primeira turnê. Ao longo dos anos, houve uma longa fila de estrelas internacionais do rock que se apresentaram nos palcos da Opera House, entre eles Sting, The Cure, Patti Smith, Bob Dylan, Prince e Simply Red. Exalando pluralidade musical, lá também foi palco de espetáculos desde Kraftwerk, pioneiros da música eletrônica, até Lauryn Hill, uma das maiores rappers e cantoras de R&B de todos os tempos.

Embora tenham ocorrido muitas apresentações em ambientes fechados, os concertos ao ar livre atraíram as maiores multidões. O festival de Rocktober de 1978 agrupou mais de 250 mil pessoas – possivelmente a maior multidão já reunida ali – no pátio para um evento amplamente aclamado como o melhor concerto de rock australiano de todos os tempos.

Thin Lizzy no festival Rocktober em 1978.Divulgação
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À medida que a fama do edifício crescia, ele atraiu um universo cada vez maior de estrelas e líderes mundiais. Em 1990, o então ativista antiapartheid Nelson Mandela, no mesmo ano em que foi libertado de 27 anos de prisão e quatro anos antes de se tornar presidente da África do Sul, dirigiu-se a 40.000 australianos entusiasmados na escadaria da Ópera.

Mandela ficou tão comovido com a interpretação de "Nkosi Sikelel' iAfrika" (“Deus abençoe a África”) pelo coro local que se emocionou e não conseguiu falar. Quando ele encontrou sua voz novamente, ele homenageou os jogadores australianos da união de rúgbi que fizeram um protesto antirracista em 1971.

Nelson Mandela na Sydney Opera House em 1990.Divulgação
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Então, o espaço que já foi desde a sede olímpica nos anos 2000 até palco de milhares de artistas internacionais, tem uma relevância histórica gigantesca até os dias de hoje. O arquiteto Jørn Utzon foi homenageado na maior premiação de arquitetura, Prêmio Pritzker, onde discursou precisamente sobre a sua importância: “Não há dúvida de que a Sydney Opera House é a sua obra-prima. É um dos grandes edifícios icônicos do século XX, uma imagem de grande beleza que se tornou conhecida em todo o mundo – um símbolo não só de uma cidade, mas de todo um país e continente”.

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