“Fevereiro Laranja”: prevenção à Leucemia
Quase 11 mil brasileiros tem esse tipo de câncer; em 5 anos, 7 mil pessoas morreram em decorrência da doença
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O mês de fevereiro tem duas cores: a lilás que faz referências às doenças raras, como Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia; e a laranja que é a cor da campanha de prevenção à Leucemia.
Quase 11 mil brasileiros tem esse tipo de câncer, sendo que 54,7 são homens e 45,3% mulheres. Os dados são do boletim 2020 do INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) que, também, mostra que desde 2015, 6.837 pessoas morreram em decorrência da doença.
A leucemia é um conjunto de cânceres que afetam os glóbulos brancos existentes no sangue, comprometendo, assim, o sistema de defesa do organismo.
A medula óssea é a mais afetada pelos tumores, pois há acúmulo de células doentes que substituem as células sanguíneas normais. Isso prejudica bastante a estrutura do organismo, já que a medula é o principal local de fabricação das células sanguíneas.
Além disso, ela ocupa a cavidade dos ossos, conhecida como tutano. Quando um paciente está com leucemia, sua célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética, a transformando em uma célula cancerosa.
Consequentemente, essa célula não funciona da maneira adequada. Ela se multiplica de forma bem rápida, e a mortalidade é bem menor que uma célula saudável.
Esse processo faz com que as células normais da medula óssea sejam substituídas pelas cancerígenas.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a leucemia. De acordo com estudos, até o momento, a radiação ionizante e o benzeno (geralmente, encontrado na gasolina) são elementos ambientais associados à leucemia linfocítica aguda (LLA).
Outros fatores também podem ajudar no desenvolvimento da doença, como: tabagismo; radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia); quimioterapia; exposição ocupacional em indústrias; exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C; síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas; além do histórico familiar.
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Tipos de leucemia:
A leucemia possui dois grupos: aguda e crônica.
Na leucemia crônica, o diagnóstico, geralmente, é feito durante exames de rotina. No início, as células cancerosas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais.
No entanto, à medida que o número de células leucêmicas aumenta, linfonodos incham e há maior chances de infecções.
Na aguda, as células ficam completamente comprometidas desde o começo da doença. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e a doença se agrava em um curto intervalo de tempo.
Diagnóstico
Como em qualquer doença, o diagnóstico precoce é muito importante, pois há mais chances de se submeter a um tratamento.
A identificação da enfermidade pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, como: palidez, cansaço e febre; aumento de gânglios; infecções persistentes ou recorrentes; hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados; e, aumento do baço e do fígado.
Tratamento
O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemograma. Outras análises laboratoriais, também, devem ser realizadas, como exames de bioquímica e da coagulação.
No entanto, a confirmação só é feita, por meio, do exame da medula óssea (mielograma). Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula.
O tratamento tem como objetivo destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais.
Nas leucemias agudas, o processo de tratamento envolve quimioterapia. Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.
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