A música dos Beatles que Paul McCartney nunca se cansava de ouvir

Para uma lenda com mais de 65 anos de carreira como Paul McCartney, muitas músicas podem ter se tornado enjoativas para serem performadas ao vivo. Algumas podem até ser uma ótima forma de conseguir deixar o público eufórico, enquanto outras como “Band on the Run” e “Ob La Di Ob La Da” poderiam ser trocadas por várias outras no setlist. Mas mesmo depois de anos entrando em turnê, McCartney afirmou que ele nunca se cansa do clássico “Let it Be”, não importando quantas vezes ele a toque.

Um aspecto da canção que provavelmente atrai a preferência do artista é a simples progressão de acordes. Comparada às baladas mais complicadas compostas por ele no passado, como “Yesterday”, este é o tipo de música que pode ser tocada em qualquer lugar, de tão fácil que ela é. Apenas alguns acordes são suficientes para Paul relembrar a visita que recebeu de sua mãe em um sonho, dizendo-lhe para relaxar em meio à pressão dos últimos dias da banda.

Apenas a maestria de McCartney conseguiria produzir algo que mesmo de formato simples, continue ressoando por todas as novas eras da história da música. O cantor criou uma obra universal, podendo ser tocada para alguém que está lidando com um coração partido, um período de estresse, ou que só precisa de um alívio do dia a dia com a mensagem de que tudo vai ficar bem.

“Let it be” já foi usada diversas vezes pelo Beatle para encerrar seus shows, e o cantor admitiu que a magia da música nunca diminuiu desde seu lançamento em 1970. “Sabe, estranhamente não mudou muito. Sempre espero chegar a um ponto em que estou realmente cansado e penso: ‘Ah, de novo não!’. Mas quando começo a revisar o trabalho desse jovem, talvez uma frase da música me surpreenda e eu pense: ‘o garoto era bom!’”, disse Paul em entrevista para o New York Times.

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