Ações do Bradesco caem após JPMorgan rebaixar recomendação para 'neutra'
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SÃO PAULO (Reuters) - Os papéis do Bradesco estavam entre os destaques de baixa do Ibovespa nesta segunda-feira, depois que o JPMorgan rebaixou a recomendação dos papeis de 'overweight' para 'neutra' afirmando que, embora a companhia tenha apresentado uma melhoria gradual nos resultados, o progresso tem sido mais lento do que o esperado.
'E estamos preocupados que isso continue sendo o caso em 2025', afirmaram os analistas do banco norte-americano em relatório.
Eles mencionaram a possibilidade de um adiamento das melhorias na relação custo/receita para 2026 dada a necessidade de investimentos, uma taxa Selic mais alta afetando o mercado e a hipótese de que a melhora na qualidade dos ativos possa ter chegado ao limite.
'Embora continuemos projetando um crescimento de 21% no lucro em 2025, esperamos um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 13,8-14,6% em 2025-2026, o que, para nós, não é bom o suficiente para um CoE (custo de capital) mais alto no Brasil', afirmaram, acrescentando que o JPM está elevando o custo de capital tanto para Bradesco quanto para Santander Brasil a 15%, de 14% anteriormente.
No entanto, no caso do Santander Brasil, a equipe liderada por Yuri R. Fernandes diz ver uma boa relação 'risco-retorno'. A instituição elevou a recomendação da ação a 'overweight'.
'A gestão do banco parece comprometida em alcançar um ROE de 20% e tem executado bem a estratégia de maior rentabilidade ultimamente, o que nos permite algum benefício da dúvida em relação ao foco mais recente na estratégia de PME/varejo de massa.'
O JPM também revisou seu preço-alvo para os papéis dos bancos ao fim de 2025, com Bradesco passando de 20 reais para 16 reais e Santander Brasil indo de 34 reais para 32 reais.
Por volta das 13h20 (horário de Brasília), as ações do Bradesco caíam 1,38%, entre as maiores pressões de baixa para o Ibovespa, que tinha variação negativa de 0,04%. Os papéis de Santander Brasil, por sua vez, subiam 0,72%.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas)
Escrito por Reuters
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