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Agência de classificação de risco DBRS Morningstar eleva nota do Brasil a BB

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad conversam no Palácio do Planalto 25/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad conversam no Palácio do Planalto 25/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco DBRS Morningstar elevou nesta sexta-feira a nota de crédito de longo prazo do Brasil para BB, contra BB(low) anteriormente, tornando-se a segunda instituição de rating a melhorar a avaliação do país nesta semana.

Em relatório, a DBRS disse que essa melhora 'reflete principalmente a diminuição dos riscos negativos para as perspectivas fiscais', citando medidas do governo para aumentar as receitas e o avanço do arcabouço fiscal no Congresso.

A agência, que acredita que o novo marco para as contas públicas será aprovado em agosto, disse que, mesmo que as metas de resultado primário almejadas no arcabouço não sejam atendidas de início, 'o novo quadro sinaliza que os resultados fiscais continuarão a melhorar durante o governo Lula'.

No relatório, a DBRS avaliou uma série de reformas aprovadas ou avançadas ao longo deste e do último governos como positivas para a nota de crédito do Brasil, e acrescentou que 'a credibilidade de perseguir as metas de inflação do Banco Central foi fortalecida com base em mudanças institucionais e um histórico sólido'.

Mas, 'apesar desses desenvolvimentos positivos, o Brasil continua a enfrentar desafios de crédito significativos', alertou a agência. 'Em particular, a alta dívida pública, um grande déficit fiscal e as perspectivas de crescimento modestas deixam a economia vulnerável a choques.'

A DBRS é a quarta maior agência de rating do mundo, atrás apenas de três instituições conhecidas no mercado financeiro como as 'Big Three' (três grandes, em português): Standard & Poor's (S&P), Moody's Analytics e Fitch Ratings.

Na quarta-feira, a Fitch já havia elevado a nota de crédito soberano do Brasil a 'BB', contra 'BB-' antes, com perspectiva estável, pouco mais de um mês depois que a S&P mudou sua perspectiva para o Brasil de 'estável' para 'positiva', deixando a nota intalterada em BB-. Ambas citaram desdobramentos fiscais positivos no país ao justificar as alterações.

Já a Moody's segue com nota Ba2 para o Brasil, com perspectiva estável.

Todas essas notas de crédito --tanto das 'Big Three' quanto da DBRS-- seguem abaixo do chamado grau de investimento, que indica baixo risco de calote.

Em nota, o Ministério da Fazenda disse nesta sexta-feira que as recentes alterações nos ratings de agências de classificação 'demonstram percepções de melhora nas condições fiscais e econômicas e o reconhecimento de que as medidas e reformas em curso no país estão no caminho certo'.

Escrito por Reuters

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