Ainda há desaparecidos após terremoto que deixou 137 mortos na China
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Por Alessandro Diviggiano e Xiaoyu Yin e Liz Lee
DAHEJIA, China (Reuters) - Mais de 10 pessoas ainda estavam desaparecidas nesta quinta-feira, depois que um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a província de Gansu, no noroeste da China, na segunda-feira, e os internautas questionaram a velocidade com que as operações de resgate haviam terminado.
A mídia chinesa informou que o trabalho de busca e resgate em Gansu terminou às 15h (horário local) de terça-feira, cerca de 15 horas depois que o desastre atingiu uma área remota e montanhosa perto da fronteira entre as províncias de Gansu e Qinghai. Não ficou imediatamente claro se a busca em Qinghai havia continuado.
Em Gansu, 115 pessoas foram encontradas mortas até as 9h de quarta-feira e 784 ficaram feridas, segundo as autoridades. Gansu não relatou nenhuma pessoa desaparecida.
A vizinha Qinghai viu seu número de mortos subir para 22, com 198 feridos e 12 desaparecidos até as 20h56 de quarta-feira.
Mais de 207.000 casas foram destruídas e quase 15.000 desabaram em Gansu, afetando mais de 145.000 pessoas.
Discussões online mostraram internautas curiosos sobre a rapidez com que os esforços de resgate foram concluídos em Gansu, com muitos sugerindo que as temperaturas abaixo de zero foram o principal fator para encurtar o 'período de ouro' para encontrar sobreviventes -- normalmente 72 horas após o desastre.
As pessoas presas sob escombros expostas a temperaturas prolongadas de -10° Celsius correm o risco de hipotermia rápida e podem viver apenas de cinco a 10 horas, mesmo sem ferimentos, informou a mídia local, citando pesquisadores.
'Eles já estariam mortos quando foram encontrados, mesmo que 24 horas já seja tempo demais. As temperaturas externas estão abaixo de 10ºC negativos', comentou um usuário da plataforma chinesa de microblogs Weibo.
Escrito por Reuters
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