Ainda que sejam à base de plantas, ultraprocessados trazem riscos à saúde
Estudo conduzido por pesquisadores da USP foi publicado na revista The Lancet
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Alimentos ultraprocessados causam riscos à saúde, ainda que sejam à base de plantas, de acordo com um artigo publicado na revista científica The Lancet.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo em parceria com o Imperial College London e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.
Os cientistas compararam alimentos à base de plantas não ultraprocessados (como frutas, legumes e oleaginosas) e alimentos à base de plantas ultraprocessados, (como sucos industrializados, produtos que buscam substituir carnes de origem animal e cereais matinais).
Os voluntários que aumentaram em 10% o consumo de alimentos à base de plantas não ultraprocessados tiveram uma redução de 7% no risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O perigo de morte por essas condições caiu 13%.
O aumento no consumo de produtos ultraprocessados de origem vegetal, por outro lado, levou a um risco 5% maior de desenvolver doenças cardiovasculares. A probabilidade de morte por essas condições cresceu 12%.
Foram coletados dados de britânicos entre 40 e 69 anos cadastrados no Biobank, uma base de dados que contém amostras biológicas, além de informações genéticas, de estilo de vida e saúde.
Escrito por Gabriella Paques
SALA DE BATE PAPO