Além de Amy Winehouse: A Influência Oculta de Mark Ronson na Música
Descubra como o talentoso produtor britânico vencedor de 4 Grammys moldou o som contemporâneo, criando sucessos marcantes e parcerias inigualáveis na história da música
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Extremamente conhecido e reconhecido no âmbito mundial, esse artista ainda não tem o mesmo reconhecimento no Brasil.
Mark Ronson, que hoje completa 49 anos, é um artista que você pode até julgar não conhecer, mas definitivamente já sentiu o impacto de seu trabalho. O homem já conquistou quatro prêmios Grammy, dois deles relacionados ao seu trabalho com a talentosa Amy Winehouse. O terceiro Grammy veio pela produção do famoso sucesso "Uptown Funk", interpretado por Bruno Mars. O quarto prêmio foi por sua participação na composição da aclamada faixa "Shallow", que foi apresentada por Lady Gaga e Bradley Cooper no filme "Nasce Uma Estrela", uma canção que também lhe rendeu um Oscar e um Globo de Ouro.
Natural de Londres e criado em Nova Iorque, Mark cresceu em dois dos centros mais influentes da música pop. Não é à toa que o homem tem um ouvido apuradíssimo e um tato excelente para lançar grandes sucessos: quem o ensinou a tocar instrumentos e gravar demos foi o seu padrasto.
E o homem casado com a sua mãe é simplesmente Mick Jones, famoso por integrar a banda Foreigner, conhecida pelo hit "I Want To Know What Love Is". Iniciando sua carreira como DJ em festas de hip-hop na Big Apple, ele lançou seu álbum de estreia, "Here Comes The Fuzz", em 2003, que foi muito bem recebido pela crítica.
A entrada de Ronson na cena hip-hop de Nova Iorque foi um verdadeiro sucesso, o que o transformou em um favorito dos círculos mais descolados. Esse reconhecimento lhe abriu portas para produzir músicas para artistas como Lilly Allen e Christina Aguilera. E foi nesse momento de crescente notoriedade que recebeu um telefonema de uma das parcerias que marcariam para sempre a sua carreira e a história da música: a com Amy Winehouse, a quem autodenominou sua “alma gêmea musical”.
Mark Ronson e Mick Jones
A Mente Por Trás de Back To Black
Os dois produziram juntos o que viria a ser o álbum mais famoso da cantora, Back to Black. O tempo de criação do segundo álbum de Amy durou apenas uma semana. “Essa conexão aconteceu assim”, disse Ronson, estalando os dedos, para o jornal The Guardian. “Foi uma familiaridade instantânea. Eu simplesmente amei estar na companhia dela, na presença dela. Ela era tão engraçada.”
Ronson descreveu como ocorreu o processo de criação da obra, mencionando que Amy escreveu a letra completa no dia seguinte:
“No dia seguinte, ela entrou e escreveu essas letras incríveis que rabiscou na sala dos fundos”. O desfecho desse trabalho levou à criação de um dos álbuns mais significativos deste século. O produtor, então, apresentou a primeira gravação da cantora, com o famoso refrão:
“Nós só dizemos adeus com palavras. Eu morri umas cem vezes”.
Eles continuaram próximos enquanto a popularidade de Winehouse aumentava. “Obviamente, tivemos nossos altos e baixos e foi preocupante. Não sei se eu amava completamente a maneira como me comportava perto dela. Quando ela estava passando pelo vício, eu queria ter sido um pouco mais direto ou confrontador sobre isso. Mas eu só estava tipo: 'Ah, ela vai resolver isso — ela já fez isso uma vez.'”
Quando a cantora faleceu, o produtor disse, em comunicado, que este era um dos dias mais tristes de sua vida. "Ela era minha alma gêmea musical e como uma irmã para mim. Este é um dos dias mais tristes da minha vida", comentou.
Um músico de outra época
Seu álbum mais recente, "Late Night Feelings", lançado em 2019, apresenta colaborações com diversas cantoras renomadas, incluindo Miley Cyrus, Lykke Li, Camila Cabello e Alicia Keys. Além disso, ele tem trabalhado em projetos recentes com estrelas como Dua Lipa, Damon Albarn e Paul McCartney.
O sucesso solidificou a posição de Ronson na indústria em um período em que sua sensibilidade clássica, estética vintage e preferência pelo analógico pareciam cada vez mais fora de época. Ele foi incentivado a reduzir a duração de quatro minutos e meio de "Uptown Funk" para assegurar o sucesso nas plataformas de streaming, enquanto alguns acreditavam que as cordas instrumentais que iniciam "Nothing Breaks Like a Heart" poderiam fazer com que ele fosse associado à música clássica. Para Ronson, é um desafio harmonizar seus instintos tradicionais com os gostos e tecnologias contemporâneas.
“Quero preservar todas as coisas que amo sobre a maneira como faço música e ainda fazer sucessos para os iPhones”, ele diz, para o jornal The Guardian. “Toda vez que penso: 'OK, alguma nova tecnologia me deixou desatualizado, quando é a hora de respeitosamente pendurá-la?' Sinto que sempre consigo guinchar mais uma coisa.”
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