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Ameaçador, furacão Milton se aproxima da costa oeste da Flórida

Placeholder - loading - Carro passa por postes derrubados por fortes rajadas de vento enquanto o furacão Milton se aproxima de Fort Myers, Flórida, EUA 09/10/2024 REUTERS/Ricardo Arduengo
Carro passa por postes derrubados por fortes rajadas de vento enquanto o furacão Milton se aproxima de Fort Myers, Flórida, EUA 09/10/2024 REUTERS/Ricardo Arduengo
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Por Leonora LaPeter Anton e Brad Brooks

ST. PETERSBURG, Flórida (Reuters) - Milton, um furacão em expansão, aproximou-se da costa oeste da Flórida nesta quarta-feira, gerando tornados e açoitando a região com chuvas e ventos horas antes de sua chegada perto da Baía de Tampa, onde tem o potencial de aumentar o nível da água do mar e ameaçar vidas nas comunidades à beira-mar já atingidas pelo furacão Helene.

Cerca de dois milhões de pessoas em toda a Flórida receberam ordem de deixar a região, e outros milhões estão no caminho estimado para Milton, que chega apenas duas semanas após Helene devastar a Flórida e vários outros Estados.

Autoridades emitiram alertas de gravidade crescente nesta quarta-feira, à medida que a chegada do furacão, esperada para a noite de quarta, se aproximava.

A chefe de gestão de emergências do condado de Sarasota, Sandra Tapfumaneyi, disse que as pessoas que permanecessem nas ilhas costeiras barreiras em seu condado, ao sul de Tampa, provavelmente não sobreviveriam à tempestade.

'Se decidirem ficar, certifiquem-se de ter um colete salva-vidas à mão', disse ela em uma entrevista à CNN.

Alimentada por águas anormalmente quentes no Golfo do México, a tempestade está prestes a atingir a área metropolitana da Baía de Tampa, lar de mais de 3 milhões de pessoas.

Às 17h (horário local), o olho da tempestade estava 100 km a oeste-sudoeste de Sarasota, Flórida, e se movia para o nordeste a 28 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA.

Ventos de força tropical já vinham atingindo a península há horas.

Embora Milton tenha se enfraquecido ligeiramente na tarde desta quarta-feira, passando a um furacão de categoria 3, o terceiro nível mais alto, ele aumenta de tamanho à medida em que se aproxima da Flórida e continua sendo 'um furacão extremamente perigoso', com ventos máximos sustentados de 195 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões.

A tempestade poderia trazer uma onda de água do mar de 2,7 a 4 metros em algumas áreas e despejar de 150 a 300 mm de chuva, podendo chegar a 450 mm em alguns pontos.

A expectativa é que o Milton mantenha a força de furacão ao cruzar a península da Flórida, representando um perigo de tempestade também na costa atlântica do Estado.

O Serviço Nacional de Meteorologia confirmou pelo menos uma dúzia de tornados na Flórida nesta quarta-feira.

As quatro pontes que atravessam a Baía de Tampa foram fechadas antes da chegada da tempestade, de acordo com o site Florida 511. Quase todas as pessoas que decidiram fugir parecem tê-lo feito, já que a maioria das ruas da vizinha São Petersburgo estava praticamente deserta ao meio-dia desta quarta-feira.

A maioria das calçadas que ligam as ilhas da costa do Golfo ao continente também foi fechada, deixando isolados todos os que decidiram enfrentar a tempestade, apesar dos apelos das autoridades.

Em Orlando, muitas pessoas diziam que já enfrentaram furacões anteriores com confiança, mas a rápida intensificação do Milton e os alertas das autoridades serviram de estímulo para que tomassem precauções incomuns para a cidade do interior.

Jim Naginey, um sem-teto de 61 anos que mora em Orlando há quase três décadas, disse que já havia sobrevivido a furacões anteriores nas ruas. Mas ele decidiu procurar abrigo durante o Milton, juntando-se a dezenas de outras pessoas na Colonial High School, onde famílias se amontoam no chão do ginásio, comendo bananas e sanduíches e bebendo água fornecida pelo Condado de Orange.

'Este parece diferente', disse Naginey. 'Depois de ver o que aconteceu na semana passada na Carolina do Norte, parece que um desastre inesperado pode ocorrer em lugares onde não costumam acontecer. É por isso que decidi procurar abrigo aqui.'

O presidente norte-americano, Joe Biden, e a vice-presidente Kamala Harris pediram aos residentes que sigam as recomendações de segurança das autoridades locais em uma reunião na Casa Branca.

'É literalmente uma questão de vida ou morte', disse Biden.

(Reportagem de Leonora LaPeter Anton em São Petersburgo e Brad Brooks em Orlando; reportagem adicional de Julio-Cesar Chavez, Evan Garcia, Rich McKay, Brendan O'Brien, Gabriella Borter, Andrew Hay, Susan Heavey e Daksh Grover)

Escrito por Reuters

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SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

Frances Robinson também é citada por conivência e racismo

Além de Smokey Robinson, o processo responsabiliza Frances Robinson por omissão e conivência com os abusos, além de contribuir para um ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.

Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de violações das leis trabalhistas, como não pagamento de salário mínimo, ausência de horas extras, e falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos US$ 50 milhões em danos morais, materiais e punitivos.

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