Americanas registra prejuízo de R$586 milhões no 4º trimestre
Publicada em
Atualizada em
(Reuters) - A Americanas, que está em recuperação judicial, informou nesta quarta-feira que registrou prejuízo líquido de R$586 milhões no quarto trimestre, revertendo lucro de R$2,56 bilhões apurado no mesmo período de 2023, conforme balanço financeiro da companhia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Americanas somou R$180 milhões no período de outubro a dezembro do ano passado, contra Ebitda negativo de R$1,18 bilhão apurado na mesma etapa em 2023.
O faturamento líquido da varejista caiu 4,5% no período em base anual, para R$4,3 bilhões.
A empresa encerrou 2024 com um endividamento bruto de R$1,8 bilhão, sendo R$1,7 bilhão em debêntures públicas e R$66 milhões em empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos de empresas não recuperandas pertencentes ao grupo Americanas.
Considerando passivos remanescentes do plano de recuperação judicial da varejista, a Americanas informou que fechou o ano passado com um saldo de caixa líquido de cerca de R$450 milhões.
No lado operacional, o volume bruto de mercadorias (GMV) foi de R$6,5 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma redução de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com impacto da queda de 47% no GMV do segmento digital.
As vendas no conceito mesmas lojas, um importante indicador do varejo, cresceram 15% nos últimos três meses do ano, apoiadas no período promocional da Black Friday e o Natal.
A Americanas disse que, ao longo de 2024, encerrou as operações de 92 unidades que não atendiam aos seus 'critérios de viabilidade', chegando a 1.587 lojas no total, e acrescentou que, em paralelo, iniciou a busca por novos pontos com 'maior potencial'.
'Como parte desse movimento estratégico, inauguramos uma nova unidade na cidade de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza', afirmou a companhia, que tem mirado a abertura de lojas principalmente na região Nordeste do país.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas)
Escrito por Reuters