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ANÁLISE-Bolsonaro prioriza base ideológica e acirra atrito com Poderes

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto 24/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto 24/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - Ao insistir em pautas caras à sua base ideológica já rejeitadas pelo Legislativo e pelo Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro tem optado por dar satisfação a seus seguidores mais fiéis em detrimento a um esforço para ampliar seu apoio popular e ao custo de um acirramento nos laços com os demais Poderes.

Um exemplo desse comportamento foi a decisão do presidente de incluir em uma nova medida provisória a transferência da competência da demarcação de terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), ligada ao Ministério da Justiça, para o Ministério da Agricultura.

A proposta já havia sido rejeitada pelo Congresso ao analisar a MP que promoveu uma reforma administrativa.

Após a reedição do tema, Bolsonaro sofreu duas derrotas. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Luís Roberto Barroso deu liminar suspendendo a medida, aceitando argumentação de que um tema rejeitado não pode ser reeditado na mesma sessão legislativa. No Legislativo, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolveu o trecho da nova MP que tratava da demarcação.

'Ele está governando para o público dele, que não é majoritário. Ele nem tem a maioria pragmática nas duas Casas e ele nem tem um diálogo majoritariamente com a população. Ele está conversando com um gueto', afirmou o cientista político do Insper Carlos Melo.

'E por que ele reedita? Ele reedita porque ele está dando satisfações ao gueto', acrescentou.

Mais que isso, com essa estratégia, Bolsonaro reforça o discurso de que está tentando mudar a forma de governar e cumprir o que prometeu na campanha eleitoral e coloca sua base ideológica em choque com os demais Poderes.

'Ele fala que fez a parte dele e lava as mãos. Agora, é claro que isso implica em maior desgaste da Câmara e do Senado com a base do Bolsonaro, porque ele está alimentando, para a sua base, o conflito entre as instituições', argumentou Melo.

O cientista político entende que Bolsonaro pode estar fazendo um cálculo errado, o de que a parcela do eleitorado que o apoia de forma mais enfática, principalmente nas redes sociais, representa a vontade da maioria da população.

'Ele faz um cálculo que talvez seja um cálculo equivocado. Ele acha que a base dele nas redes sociais é a maioria do país, mas não é. Alguém precisa falar para ele que ele atinge 10 milhões de pessoas --que é gente para caramba-- mas o país tem 210 milhões de pessoas', avaliou Melo.

OJERIZA À POLÍTICA

O cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Adriano Oliveira vai além e diz que o comportamento do presidente é de quem tem repulsa à política.

'Bolsonaro não faz política, ele não cede ao Congresso. Ele quer, na verdade, entregar ao Congresso a sua ideia e quer que o Congresso aprove. Quando o Congresso não aprova, ele reclama do Congresso', disse.

'Ele mostra cada vez mais a sua ojeriza em fazer política... Ele tem um comportamento presidencial de soberano, e não um comportamento presidencial que exige um diálogo, que exige a formação de uma coalizão.'

O decreto que flexibilizava o porte e a posse de armas é outro episódio em que Bolsonaro priorizou sua base mais radical. Diante de uma derrota iminente no Congresso que caminhava para derrubar a medida, o presidente revogou o decreto, mas editou outros três e enviou projeto de lei ao Parlamento para tratar do tema.

Antes, usou suas redes sociais e fez um apelo à população para pedir ao parlamentar em que votou para que não derrubasse o decreto.

Para Oliveira, o presidente fala com apenas 15% do eleitorado, que é o percentual de eleitores que seriam, na avaliação do cientista político, ideologicamente fiéis ao presidente.

'Pesquisa do Ibope que saiu agora mostra que 32% aprovam o governo, dentro desses 32% tem o eleitorado bolsonarista convicto e os outros 17% são eleitores que estão esperando o presidente fazer alguma coisa --têm uma admiração pelo presidente, são antilulistas, não querem que o PT volte-- e estão ainda dando uma chance', disse.

Pesquisa CNI/Ibope divulgada na quinta-feira mostrou uma avaliação de governo muito dividida. Enquanto 32% dos entrevistados consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, 32% acham que ele é regular e 32% avaliam como ruim ou péssimo.

Ao mesmo tempo, o levantamento mostrou aumento dos que não confiam no presidente e dos que desaprovam sua forma de governar. [nL2N23Y15P]

'É um presidente que não fala para a sociedade brasileira, ele fala para segmentos', afirmou Oliveira. 'A estratégia de comunicação dele só tem surtido efeito no eleitorado dele.'

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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