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Ano de 2024 foi o primeiro com aquecimento global acima de 1,5°C, dizem cientistas

Placeholder - loading - Barcos encalhados no leito seco do Rio Amazonas em Santarém, no Pará 08/10/2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Barcos encalhados no leito seco do Rio Amazonas em Santarém, no Pará 08/10/2024 REUTERS/Amanda Perobelli
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Por Kate Abnett e Alison Withers

BRUXELAS (Reuters) - O mundo acaba de vivenciar o primeiro ano completo em que as temperaturas globais subiram mais de 1,5ºC em relação à era pré-industrial, disseram cientistas nesta sexta-feira.

O marco foi confirmado pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S), da União Europeia, que afirmou que a mudança climática está elevando a temperatura do planeta a níveis nunca antes experimentados pelos seres humanos modernos.

'A trajetória é simplesmente inacreditável', disse o diretor do C3S, Carlo Buontempo, à Reuters, descrevendo como todos os meses de 2024 foram os mais quentes ou os segundos mais quentes desde o início dos registros.

A temperatura média do planeta em 2024 foi 1,6 grau Celsius mais alta do que em 1850-1900, o 'período pré-industrial', antes de os seres humanos começarem a queimar combustíveis fósseis emissores de CO2 em grande escala, disse o C3S.

O ano passado foi o mais quente do mundo desde o início dos registros, e cada um dos últimos dez anos esteve entre os dez mais quentes já registrados.

O Met Office, do Reino Unido, confirmou o aquecimento acima da barreira de 1,5°C em 2024, mas estimou uma temperatura média ligeiramente menor, de 1,53°C, para o ano. Os cientistas dos EUA também publicarão seus dados climáticos de 2024 nesta sexta-feira.

Os governos prometeram, no âmbito do Acordo de Paris de 2015, tentar evitar que o aumento das temperaturas médias ultrapasse 1,5°C, para evitar desastres climáticos mais graves e dispendiosos.

O primeiro ano acima de 1,5ºC não viola essa meta, que mede a temperatura média de longo prazo. Mas Buontempo disse que o aumento das emissões de gases de efeito estufa significa que o mundo está a caminho de também ultrapassar em breve a meta de Paris, ainda que não seja tarde demais para os países reduzirem rapidamente as emissões para evitar que o aquecimento subisse ainda mais para níveis desastrosos.

'Temos o poder de mudar a trajetória a partir de agora', disse Buontempo.

Os impactos da mudança climática são agora visíveis em todos os continentes, afetando pessoas dos países mais ricos aos mais pobres da Terra.

Os incêndios florestais que estão ocorrendo na Califórnia esta semana mataram pelo menos cinco pessoas e destruíram centenas de casas. Em 2024, a Bolívia e a Venezuela também sofreram incêndios desastrosos, enquanto enchentes torrenciais atingiram o Brasil, o Nepal, o Sudão e a Espanha, e ondas de calor no México e na Arábia Saudita mataram milhares de pessoas.

A mudança climática está piorando as tempestades e as chuvas torrenciais, porque uma atmosfera mais quente pode reter mais água, levando a chuvas intensas. A quantidade de vapor de água na atmosfera do planeta atingiu um recorde em 2024.

Porém, mesmo com o aumento dos custos desses desastres, a vontade política de investir na redução das emissões diminuiu em alguns países.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, chamou a mudança climática de farsa, apesar do consenso científico global de que ela é causada pelo homem e terá graves consequências se não for enfrentada.

Os EUA sofreram 24 desastres climáticos e meteorológicos em 2024 nos quais o custo dos danos ultrapassou 1 bilhão de dólares, incluindo os furacões Milton e Helene, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Chukwumerije Okereke, professor de governança climática global da Universidade de Bristol, no Reino Unido, disse que o marco de 1,5ºC deve servir como 'um rude despertar para que os principais atores políticos se organizem'.

'Apesar de todos os avisos dados pelos cientistas, as nações... continuam a não cumprir suas responsabilidades', disse ele à Reuters.

As concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, o principal gás de efeito estufa, atingiram um novo recorde de 422 partes por milhão em 2024, segundo o C3S.

Zeke Hausfather, cientista pesquisador da Berkeley Earth, organização sem fins lucrativos dos EUA, disse que espera que 2025 esteja entre os anos mais quentes já registrados, mas provavelmente não no topo da recomendação.

'Ainda assim, estará entre os três anos mais quentes', disse.

Isso porque, embora o maior fator de aquecimento do clima sejam as emissões causadas pelo homem, as temperaturas no início de 2024 receberam um impulso extra do El Niño, um padrão climático de aquecimento que agora está tendendo para o seu equivalente mais frio, o La Niña.

(Reportagem de Kate Abnett e Ali Withers)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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