Anvisa recomenda comprovante de vacinação para turistas, mas governo não adota medida
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quinta-feira a recomendação de que seja exigida a vacinação completa de estrangeiros para entrada no Brasil, mas a sugestão enviada à Casa Civil há cerca de duas semanas ainda não foi adotada pelo governo federal.
A recomendação da Anvisa é que viajantes que cheguem por via aérea devem ter a vacinação completa e realizarem um teste PCR ou de antígenos na chegada ao país. Aqueles que não tiveram tomado a segunda dose da vacina, devem ficar em quarentena, fazer um teste depois de cinco dias e permanecer isolados até o resultado negativo.
Já para a entrada pelas fronteiras terrestres --que continuam fechadas-- a recomendação da agência é que pessoas não vacinadas não sejam autorizadas a entrar no país, com exceção de motoristas de transporte de cargas.
A dispensa da confirmação de vacinação poderia acontecer, segundo a agência, nos casos de país com alta cobertura vacinal e imunidade coletiva.
As recomendações da Anvisa são baseadas na análise de medidas adotadas pelas agências de fiscalização de diversos países e regiões, incluindo Estados Unidos e União Europeia, mas não são obrigatórias. Cabe à Casa Civil tomar uma decisão, o que ainda não foi feito.
As notas foram enviadas no dia 12 de novembro, mas até agora não houve mudança nas medidas de fronteiras. O governo brasileiro não exige passaporte vacinal, mas também não abriu as fronteiras terrestres.
Em entrevista na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro reclamou das fronteiras fechadas e disse que conversou com o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, mas ressaltou que não mandava nas decisões da agência.
'Da minha parte --eu não decido, não mando na Anvisa, Anvisa é independente-- eu não manteria fronteira fechada', disse. 'Tem a questão da economia, no turismo, um montão de coisa.'
Bolsonaro se opõe a exigência de comprovante de vacinação em qualquer situação.
Escrito por Reuters
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