Aplicativo só de taxistas mulheres é criado para a segurança das passageiras
O Femitaxi surgiu como um serviço de transporte operado por mulheres e para mulheres.
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Um relatório publicado em 2016 pela organização internacional ActionAid afirmou que 86 por cento das mulheres brasileiras experimentaram algum tipo de assédio em lugares públicos. Segundo uma pesquisa de mercado recente, quase 60 por cento das mulheres preferem andar em carros particulares com motoristas do sexo feminino.
Foi por causa destes dados alarmantes que o aplicativo Femitaxi surgiu como um serviço de transporte operado por mulheres e exclusivo para o público feminino. Com ele, tanto as motoristas como as passageiras se sentem bem, longe do assédio.
O Femitaxi virou realidade em dezembro de 2016 depois de constatar inúmeras reclamações sobre os motoristas homens, que por vezes tinham um comportamento inadequado e não profissional com as passageiras do sexo feminino.
Olhares constantes pelo espelho e a insistência em pedir o número do telefone ao término das corridas foram alguns dos motivos que desencadearam a criação do aplicativo, que por enquanto só funciona em São Paulo e em Belo Horizonte. No entanto, Charles-Henry Calfat, criador do aplicativo, acredita que o Femitaxi não vai “acabar com os problemas de assédio no transporte público” do Brasil, mas pelo menos dá a opção de a mulher “escolher uma taxista do mesmo sexo”.
Até o momento, cerca de 10 mil mulheres já baixaram o aplicativo, que ao longo do ano deve chegar a cidades como Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, sem descartar uma expansão internacional no futuro.
No Brasil, a cada dois minutos cinco mulheres sofrem violência física, segundo dados oficiais da Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, que afirmou que entre 1980 e 2013 foram cometidos 106.093 feminicídios no país. O aplivativo chegou no mercado ainda em tempo de dar paz às mulheres que desejam apenas chegar ao seu destino.
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Escrito por Redação
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