Apoiadores de Trump enfrentam consequências após invasão ao Capitólio
Publicada em
Por Linda So
WASHINGTON (Reuters) - Em meio a uma multidão de apoiadores do presidente Donald Trump acenando com bandeiras em frente ao Capitólio dos EUA na última quarta-feira, Rick Saccone decidiu registrar o momento histórico.
O ex-parlamentar do Estado da Pensilvânia entregou seu telefone celular à esposa para gravar sua mensagem. 'Estamos tentando expulsar todas as pessoas más e 'RINOs' que traíram nosso presidente', disse Saccone, usando um termo para denegrir os republicanos moderados como Republicans In Name Only (republicanos apenas no nome).
'Vamos expulsá-los de seus gabinetes', afirmou ele, e publicou o vídeo em sua página do Facebook sem pensar duas vezes. No dia seguinte, ele foi forçado a deixar o emprego.
Saccone, de 63 anos, perdeu o cargo de professor adjunto de ciências políticas no Saint Vincent College, na Pensilvânia, onde lecionou por 21 anos, depois que o vídeo foi amplamente condenado.
Em entrevista à Reuters, ele disse que se arrependeu de ter feito o vídeo, mas que sua mensagem foi levada muito a sério.
'Estávamos apenas brincando, nos divertindo', afirmou Saccone, que removeu o vídeo de sua conta nas redes sociais. 'Há anos faço vídeos ao vivo no Facebook. A intenção é que sejam leves.'
Saccone, um republicano que concorreu sem sucesso ao Congresso em 2018, se junta a um número crescente de apoiadores de Trump que enfrentam consequências inesperadas depois que fotos e imagens surgiram online de sua presença durante o cerco ao Capitólio dos EUA.
Alguns perderam seus empregos. Alguns enfrentam acusações criminais. O Pentágono abriu 25 investigações sobre terrorismo doméstico relacionado ao distúrbio. O FBI pediu ao público pistas sobre os envolvidos no ataque.
'Muitos dos seguidores de Trump vivem em um mundo de fantasia', disse Eric Foner, historiador americano e autor do livro 'Reconstruction: America's Unfinished Revolution, 1863-1877'.
'Eles não parecem ter pensado nas consequências de suas ações.'
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO