Ar condicionado em temperaturas muito baixas prejudica as mulheres
Saiba mais dicas sobre a utilização do aparelho.
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De acordo com especialistas, o corpo feminino precisa de uma temperatura cerca de três graus mais elevada do que a do homem. “Em ambientes frios, as mulheres apresentam maior vasoconstrição, ou seja, as veias se estreitam para reduzir o fluxo de sangue e evitar a perda de calor. Então, elas tendem a ter mãos e pés mais frios. Portanto, para ter o mesmo nível de conforto, precisam de um ambiente ligeiramente mais quente”, explicou Clare Eglin, do Departamento de Fisiologia da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, à BBC.
E um estudo publicado na revista Nature Climate Change mostrou que as condições do ar condicionado usado em ambientes de trabalho atendem especialmente às necessidades masculinas – principalmente daqueles com 40 anos e média de 70 quilos.
A batalha pela temperatura do ar condicionado é bastante comum, mas foi endossada pela atriz Cynthia Nixon, conhecida por atuar na série Sex and the City. Ela, que concorre ao governo do estado de Nova York, sugeriu, durante um debate no canal americano CBS, que a temperatura dos aparelhos fosse mantida em 24,4° C para garantir o conforto também das mulheres.
E isso faz sentido, de acordo com Clare. No corpo humano existem vários receptores que respondem ao calor e ao frio – os mais sensíveis sendo localizados na pele. Internamente, homens e mulheres apresentam temperaturas semelhantes, mas quando a questão é epitelial, as diferenças são maiores, por isso elas se sentem menos confortáveis em ambientes mais frios.
Além disso, fatores como hormônios e gordura corporal também afetam a sensação de frio para mulheres. Clare ainda explica que por serem geralmente maiores, os homens têm mais massa muscular e, portanto, produzem mais calor.
E a baixa temperatura dos escritórios pode não só afetar o conforto das mulheres, mas também o desempenho no trabalho. De acordo com um estudo publicado no Journal of Environmental Health Science & Engineering, quando os funcionários estão incomodados ou insatisfeitos com a temperatura, a produtividade pode cair até 38 por cento.
Isabel Urrutia, coordenadora ambiental da Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (Separ), explicou em entrevista ao El País que as baixas temperaturas provocam irritação e dor de garganta, aumento na produção de muco nasal, tosse e catarro.
Por isso, especialistas ressaltam que a temperatura em ambientes internos deve ficar nos 21°C.
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