Arauz garante vaga em 2º turno presidencial do Equador e aguarda definição de rival
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Por Alexandra Valencia e Brian Ellsworth
QUITO (Reuters) - O economista Andrés Arauz se preparava nesta segunda-feira para configurar sua campanha para o segundo turno da eleição presidencial do Equador, enquanto espera a definição do oponente em uma disputa voto a voto entre um ativista indígena e um banqueiro.
A corrida entre o líder antimineração Yaku Pérez e o candidato pró-mercado Guillermo Lasso pelo segundo lugar continua muito acirrada, e por isso as autoridades eleitorais ainda não se pronunciaram. Com boa parte dos votos já contabilizada, a diferença a favor de Pérez é de menos de meio ponto percentual.
O resultado obtido por Pérez marca a melhor participação de um candidato presidencial indígena e deixa em aberto uma disputa que, durante meses, foi definida pelo choque de propostas de livre mercado e de medidas de cunho socialista.
Os dados desta segunda-feira do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) mostram que, com 97,56% de apuração concluída, Arauz tem 32,20% dos votos, Pérez tem 19,80% e Lasso soma 19,60%.
A partir da noite de domingo, Pérez e seus seguidores iniciaram uma vigília diante de um hotel de Quito em que as autoridades eleitorais contavam os votos, e circularam acusações de que uma suposta fraude eleitoral poderia deter seu avanço para o segundo turno de 11 de abril.
'Parece que a intenção é nos deixar no terceiro lugar, queremos convidá-los a ficar atentos, a nos erguer, a nos mobilizar', disse Pérez na madrugada desta segunda-feira. 'Defendamos o voto, vamos à resistência'.
Pérez acrescentou que pedirá a abertura de várias urnas para uma recontagem de votos.
De sua parte, Lasso disse em um comício de comemoração em sua cidade natal de Guayaquil durante a noite de domingo que espera que a autoridade eleitoral conclua a apuração para 'reconfirmar' que ele está no segundo turno.
Arauz, de 36 anos e protegido do ex-presidente Rafael Correa, prometeu pagamentos equivalantes a 1 mil dólares em dinheiro a um milhão de famílias assim que assumir o cargo e disse que ignorará um acordo de financiamento de cerca de 6,5 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Já Lasso se prontificou a estimular a economia com um aumento do investimento estrangeiro para gerar milhares de postos de trabalho e reduzir impostos.
Pérez espera proteger os rios da mineração e se comprometeu a equilibrar as finanças públicas recuperando os fundos que classifica de 'roubados' em governos anteriores.
Escrito por Reuters
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