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Armênia diz a Corte Internacional que bloqueio do Azerbaijão é 'limpeza étnica'

Placeholder - loading - Sede da Corte Internacional de Justiça, em Haia 27/08/2018 REUTERS/Piroschka van de Wouw
Sede da Corte Internacional de Justiça, em Haia 27/08/2018 REUTERS/Piroschka van de Wouw

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HAIA (Reuters) - Um representante da Armênia disse a juízes da Corte Internacional nesta segunda-feira que um bloqueio da disputada região de Nagorno-Karabakh pelo vizinho Azerbaijão foi planejado para permitir uma 'limpeza étnica'.

O corredor Lachin é a única rota pela qual a Armênia pode fornecer alimentos, combustível e remédios para Nagorno-Karabakh, uma região reconhecida internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas lar de cerca de 120.000 armênios étnicos.

O corredor está bloqueado desde 12 de dezembro, quando manifestantes que se dizem ativistas ambientais pararam o trânsito montando barracas. O Azerbaijão nega qualquer bloqueio, afirmando que os ativistas estão realizando um protesto legítimo contra a atividade de mineração ilegal.

A audiência de segunda-feira na Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi convocada para ouvir um pedido armênio para o tribunal ordenar ao Azerbaijão que suspenda o bloqueio.

O representante da Armênia, Yeghishe Kirakosyan, disse ao tribunal que o bloqueio levou ao racionamento de alimentos e à diminuição dos suprimentos de remédios em Nagorno-Karabakh, enquanto as autoridades do Azerbaijão disseram que os armênios étnicos estavam livres para partir.

'Tais atos flagrantes de limpeza étnica não têm lugar na era moderna e este tribunal é a última esperança para os armênios étnicos de Nagorno-Karabakh', declarou Kirakosyan.

Nagorno-Karabakh tem sido um ponto de conflito entre os vizinhos do sul do Cáucaso há décadas.

A audiência na CIJ faz parte de um processo maior que a Armênia abriu em 2020, dizendo que o Azerbaijão violou uma convenção contra a discriminação racial. Baku entrou com uma ação alegando que é a Armênia, não o Azerbaijão, que está violando a convenção de discriminação.

(Reportagem de Stephanie van den Berg)

Escrito por Reuters

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