ARTISTA DA SEMANA: DONNA SUMMER É DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO
Dona de hits como “Love to Love You Baby” e “Last Dance”, Donna Summer é conhecida como Rainha do Disco
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O gênero disco e a cena musical dos anos 70 e 80 jamais seriam os mesmos sem a presença de Donna Summer. Por isso, para esse artista da semana escolhemos homenagear a eterna rainha do disco. Conheça mais sobre a trajetória pessoal e profissional de Donna Summer!
Donna Summer nasceu Donna Adrian Gaines, em 31 de dezembro de 1948 na cidade de Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Filha de uma professora e um açougueiro, Donna cresceu em casa cheia; tinha cinco irmãs e um irmão. A família conta que todos tiveram uma infância muito feliz e sempre rodeados de muita diversão e muita música.
Toda essa presença musical se explicava pela fé.Sua família era muito devota da religião cristã e frequentadores assíduos da igreja.
Não por acaso, foi justamente nesse ambiente que a carreira musical de Donna nasceu. Em um domingo qualquer, uma das cantoras da igreja por algum motivo não apareceu para se apresentar e o padre, sabendo que Donna tinha uma voz boa, pediu para ela cantar. Na época ela tinha apenas 10 anos e emocionou a todos com seu talento impressionante.
Foi só no ano de 1967, algumas semanas antes do fim do Ensino Médio, que Donna conseguiu seu primeiro trabalho profissional. Com apenas 18 anos na época, ela foi selecionada para integrar o elenco do musical “Hair” na cidade de Munique, Alemanha.
Seu pai, que era um homem bastante rígido em relação à criação dos filhos, não gostou de ver uma de suas meninas partindo para outro continente.
Apesar disso, Donna não podia deixar essa oportunidade passar e partiu rumo à Europa. Logo ela aprendeu a falar alemão fluente e, mesmo depois do fim da temporada de “Hair”, continuou na Alemanha investindo na carreira musical e chegou até a participar de outras peças.
Em 1974, Donna gravou seu primeiro álbum de estúdio, chamado “Lady of the Night”. Nesse mesmo ano, ela engravidou de sua primeira filha, Mimi, e se casou com o também cantor Helmuth Sommer.
Foi em 1975 que a carreira de Donna se transformou por completo. Ela lançou a icônica faixa “Love to Love You Baby”, e apesar de ser um dos maiores hits de sua carreira, inicialmente não foi escrita para ser cantada por Donna Summer.
Junto com produtores europeus, ela gravou só a demo teste, mas todo mundo ficou encantado com o jeito único com que ela cantava a música.
A música fez um grande sucesso na Europa e para ser redistribuída nos Estados Unidos, a Casablanca Records comprou os direitos e transformou “Love to Love You Baby” em um canção de 17 minutos. O que parecia uma escolha arriscada foi na verdade uma sacada de mestre.
Apesar dessa faixa ter transformado completamente a carreira de Donna, no âmbito pessoal, “Love to Love You Baby” teve um impacto não tão positivo assim. A comunidade cristã de que ela tinha vindo estranhou e muito essa nova Donna, mais sensual.
Ela nem sequer chegou a contar para os pais que aquela canção que tocava nas rádios era dela, seus familiares acabaram descobrindo por outras pessoas.
Essa foi só a porta de entrada de Donna para a indústria. Nos anos que se seguiram, ela lançou um álbum atrás do outro e logo foi elevada ao título de “Disco Queen”.
Em 1977, Donna lançou o que muitos julgariam como a sucessora de “Love to Love You Baby”. A faixa “Last Dance”, que fez parte da trilha sonora do filme “Até Que Enfim É Sexta-Feira”, também entrou para a história como um dos hits atemporais de Donna Summer.
A música foi tão bem recebida que no ano de 1979 varreu as grandes premiações. Ganhou dois Grammy Awards, um Globo de Ouro e até um Oscar.
Ainda nesse ano, a faixa “I Feel Love” foi lançada e também entrou na estante de hits atemporais de Donna Summer.
Toda essa fama e sucesso também assustaram essa diva em ascensão. Em várias entrevistas, Donna contou que pagou um preço alto pela vida pública que assumiu. Ela sofreu de depressão profunda, crises de ansiedade e até mesmo pensamentos suicidas.
A década de 70 acabou e, com ela, uma nova esperança para essa fase difícil que Donna estava passando surgiu. A cantora se apaixonou por Bruce Sudano e, juntos, escreveram algumas músicas do repertório da cantora.
Donna e Bruce se casaram e tiveram duas filhas: Brooklyn e Amanda. Já a filha do primeiro casamento, Mimi, também foi viver com o casal. Assim, Donna foi construindo uma vida e uma família feliz.
Em 1983, Donna colocou mais uma canção na sua lista de hits atemporais: “She Works Hard For The Money”. Mas a história por trás dessa grandiosa faixa não podia ser mais cotidiana.Donna contou que a inspiração veio de um dia qualquer em que ela e sua equipe foram jantar em um restaurante na cidade de Los Angeles.
Chegando lá, ela viu uma mulher sentada em frente a televisão, mas ao invés de estar assistindo, ela estava dormindo. Donna olhou para essa mulher e pensou no quão duro ela devia trabalhar e por isso o cansaço. A inspiração foi instantânea e Donna começou a rascunhar em um guardanapo alí mesmo.
Pouco tempo depois, Donna descobriu mais um talento além da música, a pintura. Tudo começou como uma distração para relaxar em seu tempo livre e materializar seus sentimentos, mas o dom natural que ela tinha, impressionou a todos e, logo, galerias foram inauguradas com obras de sua autoria.
Na década de 90, a figura de Donna começou a ser alvo de algumas polêmicas. a revista New York publicou declarações um tanto quanto controversas que ela supostamente havia feito sobre homossexualismo e Aids.
Foi só catorze anos depois que Donna voltou a lançar músicas. Em 2008, o álbum "Crayons" debutou como seu último projeto inédito.
Em maio de 2012, após uma longa batalha contra o câncer, Donna Summer faleceu aos 63 anos, deixando um legado eterno como a grande rainha do disco.
Mesmo depois de sua morte, alguns discos foram lançados com remixes e novas versões.
Além disso, em 2018, estreou na Broadway o "The Donna Summer Musical”, uma peça que conta a trajetória pessoal e profissional de Donna ao som de suas músicas mais famosas.
No ano de 2020, o musical desembarcou no Brasil e foi protagonizado por Karin Hils, Jeniffer Nascimento e Amanda Souza, que viveram três fases da vida de Donna.
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