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Astrônomos desvendam mistério da nebulosa 'Ovo de Dragão'

Placeholder - loading - A nebulosa NGC 6164/6165, também conhecida como Ovo do Dragão, é vista nesta imagem sem data obtida com o Telescópio de Rastreio do VLT, instalado no Observatório Paranal do European Southern Observat
A nebulosa NGC 6164/6165, também conhecida como Ovo do Dragão, é vista nesta imagem sem data obtida com o Telescópio de Rastreio do VLT, instalado no Observatório Paranal do European Southern Observat

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Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - Duas grandes estrelas situadas em uma nuvem de gás e poeira chamada de nebulosa 'Ovo de Dragão' eram um mistério para os astrônomos. Uma delas possui um campo magnético, como nosso Sol. Sua vizinha, não. E normalmente estrelas tão grandes não estão associadas a nebulosas.

Mas pesquisadores aparentemente resolveram esse mistério e também explicaram como algumas poucas grandes estrelas magnéticas chegaram a essa condição: é culpa do fratricídio estelar. No caso, o astro maior engoliu o menor, e a mistura do material de ambas nessa captura hostil criou o campo magnético.

'Essa fusão foi provavelmente muito violenta. Quando duas estrelas se fundem, o material pode ser jogado para fora, e isso provavelmente criou a nebulosa que vemos hoje', afirmou a astrônoma Abigail Frost, do Observatório Europeu do Sul, com sede no Chile. Ela é a autora principal de um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.

Simulações computadorizadas previram no passado que a junção do material estelar em uma fusão do tipo poderia criar um campo magnético na estrela combinada que resultou do processo.

'Nosso estudo é a prova cabal observacional desse cenário', disse o astrônomo Hugues Sana, do KU Leuven, na Bélgica, um dos autores sênior do estudo.

As duas estrelas — ligadas gravitacionalmente uma a outra, no que é chamado de sistema binário — estão localizadas na Via Láctea, a cerca de 3.700 anos-luz da Terra, na constelação Normas. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou 9,5 trilhões de quilômetros.

Os pesquisadores usaram nove anos de observações do Very Large Telescope, com sede no Chile.

A estrela magnética tem cerca de 30 vezes a massa do Sol. Sua companheira remanescente é aproximadamente 26,5 vezes maior em massa do que o Sol. Elas orbitam com uma distância entre si de sete a 60 vezes à observada entre a Terra e o Sol.

O Ovo do Dragão tem esse nome porque está localizado relativamente perto de um complexo nebuloso maior chamado 'Luta de Dragões' de Ara. As estrelas dentro do Ovo do Dragão parecem ter começado entre 4 e 6 milhões de anos atrás como um sistema triplo -- três estrelas nascidas ao mesmo tempo e ligadas gravitacionalmente.

Muitas estrelas do tamanho do Sol geram campos magnéticos: 'Para estrelas de pouca massa, como o Sol, o aquecimento convectivo — aquele do movimento da água quente em um radiador na sua casa — cria um movimento de material estelar. Isso também cria um efeito dínamo que induz o campo magnético', explicou Frost.

'Contudo, para grandes estrelas, que possuem mais de oito vezes a massa do Sol, efeitos diferentes do calor entram em ação, fazendo com que seja mais complicado explicar a presença de campos magnéticos para esses tipos de estrelas', concluiu.

(Reportagem de Will Dunham)

Escrito por Reuters

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