Atuação de Trump na pandemia é foco de debate entre candidatos a vice nos EUA
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Por Michael Martina e Joseph Ax
SALT LAKE CITY (Reuters) - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e a candidata democrata ao posto, Kamala Harris, duelaram sobre a atuação do governo do presidente Donald Trump na pandemia de coronavírus durante o debate entre ambos na quarta-feira, em um momento em que a Casa Branca se esforça para conter um surto que infectou Trump e dezenas de outros.
O debate foi recheado de discussões sobre políticas e relativamente calmo, em forte contraste com caótico encontro da semana passada entre Trump e o candidato democrata, Joe Biden, marcado por uma série de interrupções do presidente e insultos pessoais de ambos os lados.
O diagnóstico de Covid-19 de Trump, ao lado de sua idade e da de Biden, acrescentaram peso ao debate entre os postulantes a vice, já que tanto Pence, de 61 anos, quanto Harris, de 55, buscaram demonstrar que são capazes de assumir a Presidência se necessário. Tanto Trump, de 74 anos, quanto Biden, de 77, se tornarão o presidente mais velho a tomar posse se vencerem em novembro.
Mas o duelo de quarta-feira não deve alterar a dinâmica de uma disputa na qual as pesquisas de opinião mostram Biden à frente a menos de quatro semanas da eleição de 3 de novembro. Os dois postulantes a vice foram evasivos ao responderem determinadas perguntas, se ativeram a determinados pontos e evitaram grandes gafes.
Harris, senadora pela Califórnia e ex-procuradora-geral do Estado, imediatamente criticou a atuação de Trump em uma pandemia que já matou 210 mil pessoas nos Estados Unidos e devastou a economia do país.
'O povo americano testemunhou o maior fracasso de qualquer administração presidencial na história do país', disse ela no início do debate, realizado na Universidade de Utah, em Salt Lake City.
Na resposta, Pence culpou a China pela pandemia e elogiou os esforços do governo dos EUA para combater a doença, incluindo a decisão tomada por Trump no final de janeiro de restringir as viagens da China, então epicentro da pandemia.
'Quero que o povo americano saiba que desde o primeiro dia o presidente Donald Trump colocou a saúde da América em primeiro lugar', disse ele. 'A China é responsável pelo coronavírus, e o presidente Trump não está feliz com isso', afirmou.
Os dois candidatos ficaram separados por 3,6 metros e por barreiras de acrílico, um lembrete sobre o vírus que provocou a maior crise de saúde pública mundial em um século.
(Reportagem de Michael Martina em Salt Lake City e Joseph Ax e, Princeton, New Jersey; Reportagem adicional de Trevor Hunnicutt, Doina Chiacu, Jason Lange e Alexandra Alper)
Escrito por Reuters
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