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Autoridades do BCE buscam esfriar a euforia com queda da inflação

Placeholder - loading - Sede do BCE em Frankfurt 14/09/2023. REUTERS/Wolfgang Rattay/File photo
Sede do BCE em Frankfurt 14/09/2023. REUTERS/Wolfgang Rattay/File photo
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Por Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu precisa ver mais progressos na redução das pressões inflacionárias, e as empresas tem que, juntamente com os governos, contribuir para evitar um maior aperto na política monetária, disseram autoridades do BCE nesta quarta-feira.

No mês passado, o BCE interrompeu uma série de dez aumentos consecutivos das taxas de juros, e os investidores estão apostando cada vez mais que seu próximo passo será um corte, possivelmente já em abril, uma vez que o crescimento dos preços ao consumidor está agora abaixo de 3%, contra mais de 10% antes.

No entanto, as autoridades que falaram em vários locais em toda a Europa pareciam interessados em esfriar qualquer euforia com relação à rápida queda nos preços, argumentando que o quadro geral é mais misto. Alguns deles até argumentaram que novos aumentos nos juros não deveriam ser descartados.

'Vemos algum progresso (na inflação subjacente), mas ainda não o suficiente', disse o economista-chefe do BCE, Philip Lane, em Riga, acrescentando que não se sente 'muito confortável' com a queda da inflação geral, já que isso se deve a uma reversão dos aumentos dos preços da energia em relação ao ano anterior.

A inflação caiu para 2,9% no mês passado, ante mais de 10% um ano antes, mas Lane previu um crescimento constante ou até mesmo maior dos preços no próximo ano, antes de uma queda de volta à meta de 2% em 2025.

Enquanto isso, o presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, fez eco à sua colega alemã e membro da diretoria do BCE, Isabel Schnabel, alertando sobre os perigos da última etapa do trabalho do BCE.

'A 'última milha' antes de atingirmos nossa meta de inflação pode muito bem ser a mais difícil', disse Nagel em Londres.

Schnabel argumentou anteriormente que poderia levar muito mais tempo para passar de 3% para 2% do que o que foi preciso para chegar ao nível atual.

Martins Kazaks, da Letônia, e Gabriel Makhlouf, da Irlanda, chegaram a dizer que novos aumentos nos juros ainda não deveriam ser excluídos, mesmo que os mercados vejam uma probabilidade zero de tal movimento.

'Na minha opinião, é muito, muito cedo para começar a falar sobre se precisamos começar a reduzir ou cortar as taxas... E também é muito cedo para declarar que chegamos ao topo da escada' dos aumentos das taxas de juros, disse Makhlouf em Dublin.

A própria pesquisa do BCE sobre as expectativas dos consumidores, publicada nesta quarta-feira, mostrou que as expectativas de crescimento dos preços para o próximo ano aumentaram acentuadamente em relação ao mês anterior, mas para os próximos três anos permaneceram estáveis, um pouco acima da meta do banco.

Uma condição fundamental para a continuidade da desinflação seria que as empresas começassem a absorver alguns dos aumentos salariais relativamente rápidos e aceitassem margens menores, argumentaram Lane e Nagel.

'Portanto, espero que os lucros das empresas sejam moderados nos próximos trimestres e absorvam alguns dos fortes aumentos salariais recentes', disse Nagel. 'Se, em vez disso, os lucros aumentarem muito, a inflação alta será mais persistente. E isso levaria o (BCE) a agir.'

As margens de lucro das empresas aumentaram durante o período de inflação rápida, uma vez que as empresas aumentaram os preços bem antes do aumento dos custos, aproveitando a turbulência e criando amortecedores contra a possibilidade de mais inflação no futuro.

'Precisamos ver os lucros se ajustarem', disse Lane. 'Quanto mais as empresas absorverem os aumentos salariais por meio de lucros menores, isso ajudará a inflação a cair e, por sua vez, os trabalhadores não sentirão a necessidade de pedir aumentos salariais tão altos.'

Nagel disse que os governos também precisam restringir os gastos para reduzir a carga sobre o BCE.

'O FMI nos disse, há algumas semanas, que não declarássemos vitória tão cedo. Porque há um padrão histórico de vitória sendo declarada cedo demais', disse Makhlouf.

(Reportagem adicional de Francesco Canepa e Padraic Halpin)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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