Autoridades dos EUA defendem renovação de programa de espionagem, mas dão poucos detalhes
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Por Zeba Siddiqui
SAN FRANCISCO (Reuters) - Autoridades de alto escalão do governo dos Estados Unidos alertaram nesta terça-feira sobre sérios riscos à segurança nacional se um importante programa de vigilância previsto para expirar neste ano não for renovado, mas se recusaram a compartilhar detalhes dos casos em que foi útil.
Promulgado em 2008, o estatuto da Seção 702 da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa) permite que as agências dos EUA realizem buscas sem mandado de informações de não norte-americanos que vivem fora dos Estados Unidos, o que inclui comunicações realizadas por provedores de e-mail ou telecomunicações norte-americanos.
Esse banco de dados é fundamental para combater ameaças contra os Estados Unidos, de acordo com o Federal Bureau of Investigation (FBI). Mas a agência já fez uso indevido do programa para espionar norte-americanos várias vezes, porque o programa também permite o acesso a informações de norte-americanos em comunicação com estrangeiros.
Uma ordem judicial revelada no mês passado mostrou que o FBI havia feito buscas indevidas no banco de dados em busca de informações de norte-americanos mais de 278.000 vezes ao longo de vários anos - incluindo detalhes de pessoas presas durante protestos contra a violência policial no país.
Antes de uma audiência do comitê judiciário do Senado sobre a lei nesta terça-feira, três autoridades do governo dos EUA disseram a repórteres que a busca de informações de norte-americanos costuma ser importante para alertar vítimas sobre atividades maliciosas.
Eles apresentaram alguns casos previamente desconhecidos em que a lei foi útil para a inteligência dos EUA, mas se recusaram a compartilhar mais detalhes.
Escrito por Reuters
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