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Balão e caças chineses cruzam Estreito de Taiwan um mês antes de eleições na ilha

Placeholder - loading - Pessoas olham o Estreito de Taiwan no ponto da China mais próximo de Taiwan, na ilha de Pigtan, na província chinesa de Fujian 09/04/2023 REUTERS/Thomas Peter
Pessoas olham o Estreito de Taiwan no ponto da China mais próximo de Taiwan, na ilha de Pigtan, na província chinesa de Fujian 09/04/2023 REUTERS/Thomas Peter
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Por Ben Blanchard

TAIPÉ (Reuters) - Taiwan disse nesta sexta-feira que 12 caças chineses e um suposto balão meteorológico cruzaram a sensível linha mediana do Estreito de Taiwan, em um aumento das tensões cerca de um mês antes da eleição presidencial na ilha.

Taiwan, governada democraticamente e reivindicada pela China como parte de seu próprio território, tem se queixado nos últimos quatro anos de patrulhas e exercícios militares chineses regulares perto da ilha.

A ilha realizará eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro e a campanha tem se intensificado, sendo que a forma como o próximo governo lidará com as relações com a China será um dos principais pontos de discórdia.

O Ministério da Defesa de Taiwan, oferecendo detalhes sobre as missões chinesas na noite de quinta-feira, disse que 12 caças haviam cruzado a linha mediana, que já serviu como uma barreira não oficial entre os dois lados, mas que os aviões chineses agora sobrevoam regularmente.

Em um acréscimo incomum à sua declaração, o ministério disse que, por volta do meio-dia de quinta-feira, também havia detectado um balão chinês a 187 km a sudoeste da cidade de Keelung, no norte de Taiwan, que viajou em direção ao leste por cerca de uma hora, cruzando o estreito antes de desaparecer.

O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse aos repórteres no Parlamento que seu 'entendimento inicial' era de que provavelmente se tratava de um balão meteorológico, mas sentiu que o ministério tinha a obrigação de informar o fato ao público.

'Caso contrário, se outras unidades ou outros países informassem o fato, todos se perguntariam por que (nós) não o informamos. O Ministério da Defesa exige que todas as nossas unidades subordinadas tenham uma noção da situação do inimigo', acrescentou.

O Ministério da Defesa da China não respondeu a um pedido de comentário.

A possibilidade de a China usar balões para espionagem se tornou uma questão global em fevereiro, quando os Estados Unidos abateram o que disseram ser um balão de vigilância chinês, mas que, segundo a China, era uma nave civil que se perdeu acidentalmente.

Taiwan está em alerta máximo em relação às atividades chinesas, tanto militares quanto políticas, antes de sua eleição, especialmente o que Taipé considera como os esforços de Pequim para interferir na votação para fazer com que os eleitores votem em candidatos que a China possa preferir.

O vice-presidente taiwanês Lai Ching-te e sua companheira de chapa, Hsiao Bi-khim, do Partido Democrático Progressista, estão liderando as pesquisas. A China os vê como separatistas e tem rejeitado as ofertas de conversas feitas por Lai.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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