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BC britânico mantém taxa de juros em 5,25% antes de eleições no Reino Unido

Placeholder - loading - Sede do Banco da Inglaterra em Londres 08/05/2024. REUTERS/Carlos Jasso/File Photo
Sede do Banco da Inglaterra em Londres 08/05/2024. REUTERS/Carlos Jasso/File Photo

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Por David Milliken e Suban Abdulla

LONDRES (Reuters) - O Banco da Inglaterra manteve nesta quinta-feira a taxa de juros no maior nível em 16 anos, a 5,25, e algumas autoridades disseram que sua decisão de não reduzir os custos de empréstimos está agora 'finamente equilibrada'.

O Comitê de Política Monetária banco central votou por 7 a 2 para manter os juros antes da eleição em 4 de julho, em linha com as expectativas dos economistas em uma pesquisa da Reuters.

O vice-presidente Dave Ramsden e Swati Dhingra continuaram sendo os únicos a defender um corte para 5%.

O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse em um comunicado junto com a decisão ser 'boa notícia' que os dados mais recentes sobre a inflação tenham mostrado que a inflação está de volta à sua meta de 2%, mas que é muito cedo para cortar as taxas.

'Precisamos ter certeza de que a inflação permanecerá baixa e é por isso que decidimos manter os juros em 5,25% por enquanto', disse ele.

A declaração de Bailey foi diferente da do mês passado, quando ele disse que estava 'otimista' de que os dados caminhavam na direção certa para um corte nos juros.

A votação do banco central britânico acontece após decisão do Banco Central Europeu neste mês de começar a cortar as taxas de juros, enquanto os mercados financeiros não esperam que o Federal Reserve faça cortes até o final deste ano.

Os mercados consideraram improvável nesta quinta-feira um corte pelo Banco da Inglaterra antes de setembro ou novembro, embora uma pesquisa da Reuters com economistas publicada na semana passada tenha mostrado que a maioria esperava redução nos juros em 1º de agosto.

É provável que qualquer corte seja tarde demais para o primeiro-ministro Rishi Sunak, cujo Partido Conservador está cerca de 20 pontos atrás do Partido Trabalhista, de oposição, nas pesquisas pré-eleitorais.

Embora Sunak tenha buscado crédito pela queda da inflação desde que assumiu o cargo em outubro de 2022, quando ela estava no maior nível em 41 anos de 11,1%, os trabalhistas culpam a má administração econômica da líder anterior dos conservadores, Liz Truss, pelas taxas de hipotecas altas.

O Banco da Inglaterra disse que a eleição não teve impacto em sua decisão.

O banco central prevê que a inflação irá acima da meta conforme o efeito das quedas nos preços da energia é eliminado dos dados anuais de inflação, e repetiu sua previsão de maio de que a inflação será de cerca de 2,5% no segundo semestre de 2024.

Em um sinal de que o banco central pode estar mais próximo de cortar os juros, a ata mostrou que a decisão de manter os juros foi 'finamente equilibrada' para alguns membros do comitê.

O Banco da Inglaterra disse que indicadores de persistência da inflação - principalmente o crescimento dos salários e a inflação de serviços - haviam se moderado desde a reunião de maio, mas continuavam altos.

Escrito por Reuters

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