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BC cadencia calendário do open banking no Brasil, de olho no exterior

Placeholder - loading - 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Ápice da campanha do Banco Central para forçar redução de juros e tarifas do sistema financeiro do país, o open banking terá um cronograma menos ambicioso do que o desejado pelo regulador, que tem preferido o pragmatismo para evitar reproduzir erros que atrasaram a implementação do modelo em outros países.

Arquitetura que dá aos usuários finais o poder de acesso e manipulação de seus dados bancários, o open banking deveria ter começado no Brasil no fim de 2018. Mas a regulação entrará em consulta pública no segundo semestre deste ano e a expectativa de que a primeira fase do sistema entre em vigor na segunda metade de 2020, envolvendo inicialmente os 12 maiores bancos. Executivos do setor avaliam que uma implantação mais robusta do open banking só acontecerá daqui a três anos. No mínimo.

O BC ainda não definiu o escopo e a duração das etapas seguintes. Guarda essa carta na manga, podendo acelerar a implementação se entender que os bancos estão intencionalmente protelando o processo.

'A decisão de esperar um pouco foi boa porque nos permitiu tirar alguns aprendizados do que está acontecendo fora', disse à Reuters o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central João André Pereira.

A escolha pelo ritmo mais cadenciado refletiu em parte a experiência britânica, onde o sistema começou oficialmente em 2018, mas ainda não deslanchou. Lá, o regulador deixou para o mercado definir alguns protocolos, os bancos não se entenderam sobre outros e ajustes estão sendo feitos.

Uma das questões em discussão aqui é sobre quais interfaces digitais serão usadas para compartilhar dados, as chamadas API. A API é uma espécie de portal que só é acessível a quem o dono do dado permite. Quem o faz pode ofertar uma ampla gama de serviços, desde crédito a seguros e investimentos. Mais adiante será possível realizar transferências ou pagamentos sem a necessidade de acessar o site ou aplicativo do banco em que o usuários tenha conta corrente.

Fazer essa engrenagem funcionar é para os reguladores um passo vital para dar continuidade à agenda de ampliação da concorrência, que nos últimos anos pavimentou o surgimento de milhares de fintechs.

Mas os grandes bancos têm alegando questões como segurança, interoperabilidade dos sistemas tecnológicos e questões legais para eventuais casos de vazamento de dados de clientes, e pedido mais prazo para se prepararem.

'É um projeto de alta complexidade, que exige vários cuidados com segurança da informação, um arcabouço regulatório para definir a responsabilidade em casos de mau uso dos dados', disse o diretor de Negócios e Operações da Febraban, Leandro Vilain. 'E o próprio processo de padronização traz um custo ao sistema, que precisa ficar claro quem vai custear.'

Não que open banking seja um assunto de todo proibido entre os grandes bancos. Alguns deles já têm parcerias com algumas fintechs para serviços específicos, mas num ambiente controlado.

'O problema é que os bancos querem fazer prevalecer os seus próprios sistemas tecnológicos quando se trata de adotar um padrão para o mercado', diz Marco Bravo, vice-presidente América Latina da ACI, provedora global de tecnologia para pagamentos.

Embora elogiem a pressão do BC sobre os bancos para apressar o passo, representantes das fintechs defendem uma agenda mais ousada já que o cronograma proposto deixa de fora fintechs menores e aquelas cujo modelo de negócio não é regulado.

'Nós queremos convencer o BC a acelerar agenda do open banking', disse Benjamin Gleason, sócio fundador do aplicativo para gestão financeira GuiaBolso, cujo eixo do negócio é justamente ter acesso às contas bancárias das pessoas.

Reservadamente, representantes de fintechs desconfiam que os bancos estejam usando o argumento de risco sistêmico para tentar atrasar o funcionamento do open banking, e assim postergar um cenário de maior concorrência. A Febraban nega.

'É um projeto de alta complexidade; só as fases do projeto de implementação apresentadas pelo BC dão trabalho suficiente para uns cinco anos', diz Vilain.

O regulador, cuja 'Agenda BC+' abriu caminho para o surgimento de centenas de fintechs, queria uma implementação mais ousada do open banking para tentar reduzir a concentração bancária, com os cinco maiores bancos detendo 85% dos ativos do sistema.

Mas, a exemplo do caso britânico, percebeu que não pode simplesmente pressionar os bancos sem apontar os caminhos por meio dos quais garanta o cumprimento da regulação e consiga atrair os bancos, em vez de confrontá-los abertamente.

Para Ricardo Taveira, sócio da fintech Quanto, que desenvolve plataforma de open banking, o BC quer evitar cair no mesmo erro que o Reino Unido, que no afã de acelerar o processo, acabou ficando refém dos bancos.

'Eu achava que o BC deveria ir mais rápido, mas na verdade está é tentando garantir que a competição aqui funcione para valer', disse o presidente da Quanto.

Então, o regulador optou por dar um algum tempo para os bancos se prepararem, inclusive para permitir que eles escolham padrões de API ou ele mesmo escolha.

'A gente não pode querer definir qual tecnologia o mercado vai usar, mas se tiver que arbitrar, nós vamos fazer', disse Pereira, do BC.

Enquanto isso, a autoridade monetária tem na manga a opção de facilitar a entrada mais rápida de entidades ainda não reguladas. Para isso, avalia adotar o chamado 'sandbox', uma regulação simplificada para entidades menores e que torna-se mais rígida à medida que elas crescem e se tornam mais relevantes para o sistema.

Para analistas, seja adotado mais ou menos rápido, o open banking não mudará tão cedo a realidade atual, com os grandes bancos do país mantendo-se majoritários e mantendo elevados níveis de rentabilidade. Questões como a inércia do cliente, a falta de familiaridade com o sistema bancário aberto e um número ainda limitado de aplicações reais se mostram como barreiras para um impacto mais significativo sobre os bancos.

'Mas acreditamos que uma mudança pode ocorrer a médio prazo, uma vez que o novo marco regulatório facilita a mobilidade bancária e que as novas gerações estão mais abertas a essa mudança', afirmou a agência de classificação de risco S&P.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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21 H
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MEMÓRIA MUSICAL: WESTLIFE DÁ INÍCIO A UMA NOVA FASE DO POP BRITÂNICO

Em 9 de maio de 1999, a boy band irlandesa Westlife estreou diretamente no número 1 da parada de singles do Reino Unido com a balada romântica "Swear It Again". O feito não apenas lançou o grupo ao estrelato, mas também marcou o início de uma sequência impressionante de sucessos que definiriam a música pop britânica no final dos anos 90 e início dos 2000. Recorde abaixo o sucesso “Swear It Again” com Westlife:

“Swear It Again”: o começo de uma era

O single "Swear It Again" destacou-se pela harmonia vocal, letra emocional e produção refinada, características que logo se tornariam marca registrada do grupo. Escrita por Wayne Hector e Steve Mac, a faixa dominou as rádios e se tornou um símbolo do pop melódico da época. Foi também o primeiro de 14 singles consecutivos de Westlife a alcançar o topo do UK Singles Chart, um recorde histórico para uma boy band.

Quem é Westlife? Breve histórico da boy band irlandesa

Formado em 1998, o Westlife nasceu na Irlanda sob os olhares atentos de Louis Walsh (empresário responsável pelo sucesso do Boyzone) e Simon Cowell, que levou o grupo à gravadora RCA/BMG. Com vocais potentes e estilo romântico, o quinteto logo se destacou no competitivo cenário das boy bands.

Membros do Westlife: conheça os integrantes originais

Vocalista principal, Shane é conhecido por sua voz potente e presença carismática. Após o hiato da banda, lançou uma carreira solo de destaque antes de retornar ao grupo.

Responsável por muitos dos vocais de destaque do Westlife, Mark se assumiu gay publicamente em 2005, tornando-se um dos primeiros artistas pop de uma boy band a fazê-lo. Também seguiu carreira solo e participou de reality shows musicais.

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