Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

BC corta previsão para economia a zero em 2020 por impactos expressivos do coronavírus

Placeholder - loading - Estação de metrô vazia no primeiro dia de quarentena em São Paulo 24/03/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Estação de metrô vazia no primeiro dia de quarentena em São Paulo 24/03/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central cortou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) a zero em 2020, ante crescimento de 2,2% calculado em dezembro, destacando que a estabilidade agora vista está associada a impactos econômicos 'expressivos' decorrentes da pandemia do coronavírus.

Em seu Relatório Trimestral de Inflação publicado nesta quinta-feira, o BC também ponderou que, mesmo antes do surto do Covid-19 derrubar os mercados e afetar a perspectiva de crescimento global, os mais recentes dados econômicos brasileiros frustraram as expectativas.

'Resultados abaixo do esperado em indicadores econômicos no final de 2019 e início de 2020 afetaram a expectativa de desempenho da atividade no primeiro trimestre', disse o BC.

Agora, o BC vê forte tombo do PIB no segundo trimestre, seguido de 'retorno relevante' da atividade nos últimos dois trimestres do ano.

O BC ressalvou que há grau de incerteza elevado na realização de projeções em ambiente de crise. Disse ainda que a magnitude dos impactos da pandemia sobre a atividade econômica doméstica estará associada à gravidade e à extensão do período do surto no país e às medidas públicas que estão sendo adotadas nas diversas áreas.

A nova expectativa da autoridade monetária ficou em linha com a divulgada na semana passada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, que passou a ver uma alta de 0,02% para o PIB este ano.

Mais pessimistas, muitos agentes de mercado já têm projetado o PIB em terreno negativo neste ano. Enquanto Bank of America e JP Morgan calculam retração de 0,5% e 1% em 2020, respectivamente, o Itaú vê uma queda de 0,3% da atividade brasileira.

Do lado da demanda, o BC revisou fortemente a perspectiva para investimentos em 2020, com a previsão para o desempenho anual da formação bruta de capital fixo (FBCF) passando a uma contração de 1,1%, contra avanço de 4,1% antes.

O cálculo para o consumo das famílias também foi piorado a uma alta de 0,8%, ante 2,3%, enquanto a conta para o consumo do governo mostrou pouca alteração, ficando em 0,2%, sobre 0,3% na projeção feita em dezembro.

A contribuição do setor externo para o PIB em 2020, por sua vez, passou a zero.

Pelo lado da oferta, a maior mudança foi para a performance da indústria, com queda de 0,5% no ano, sobre elevação de 2,9% antes. Segundo o BC, a perspectiva é de impacto em todas as atividades em função do coronavírus.

Para o setor de serviços, a expectativa agora é de estabilidade, frente a uma alta de 1,7% vista anteriormente. Já para a agropecuária, o BC manteve sua projeção de expansão de 2,9% em 2020, 'refletindo melhora nos prognósticos para a safra de grãos, compensada por redução moderada na estimativa de crescimento da pecuária, em razão dos impactos da pandemia sobre a demanda interna e externa por proteínas'.

POLÍTICA MONETÁRIA

Em relação à política monetária, o BC reiterou mensagem de que vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar, de 3,75% ao ano, mas destacando que a maior variância de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos.

Quanto à inflação, o BC pontuou que, diante do cenário afetado pelo coronavírus, as projeções de curto prazo foram significativamente influenciadas pelas cotações de commodities, em especial pela forte retração nos preços internacionais de petróleo, com reflexos rápidos sobre os preços domésticos de combustíveis.

'As implicações da pandemia sobre o segmento de serviços, notadamente sobre os preços de passagens aéreas, provavelmente irão se refletir nas leituras mensais de inflação, sobretudo a partir de maio', frisou a autoridade monetária.

De acordo com o BC, as medidas de inflação subjacente --que desconsideram preços mais voláteis-- estão em níveis compatíveis com o cumprimento da meta de inflação no horizonte relevante para a política monetária.

Neste ano, a meta de inflação medida pela IPCA é de 4,0% e no ano que vem, de 3,75%, nos dois casos com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

REVISÕES EM SÉRIE

Em função do coronavírus e seus efeitos sobre a economia, o BC também revisou fortemente suas projeções para o mercado de crédito e para o balanço de pagamentos neste ano.

Agora, a previsão é de que o estoque de crédito no país suba apenas 4,8% em 2020, ante projeção de 8,1% feita em dezembro, com forte impacto na dinâmica de crédito livre, mais sensível ao ciclo econômico.

Para as transações correntes, o déficit foi previsto em 41 bilhões de dólares em 2020, contra rombo de 57,7 bilhões de dólares calculado em dezembro, principalmente pela perspectiva de menor remessa de dividendos para fora, resultado do câmbio mais depreciado e de menor desempenho da atividade doméstica.

Em relação aos Investimentos Diretos no País (IDP), o BC cortou sua estimativa a 60 bilhões de dólares, de 80 bilhões de dólares antes, citando incertezas relacionadas aos impactos econômicos do coronavírus, enfraquecimento do comércio internacional e choque de preços do petróleo.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

Datas e Locais:

1 D
  1. Home
  2. noticias
  3. bc corta previsao para …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.